quarta-feira, 6 de outubro de 2010

MOMENTO DIVA-BETTE DAVIS A ETERNA DIVA.. INESQUECÍVEL..JOHNNY DEPP

Bette Davis Forever

A gente sempre relembra ou comemora as datas redondas. Mas, regras existem para serem quebradas. Hoje dia 6 de outubro, relembramos os 21 anos da morte de Bette Davis (5 de abril de 1908- 1989). Pretexto suficiente para eu falar um pouco daquela que é a minha estrela favorita, ao menos da Idade de Ouro de Hollywood.
É difícil e até errado querer escolher uma melhor atriz ou maior estrela de todos os tempos. Mas sempre que pressionado, minha resposta é: a maior de todas foi Bette Davis. Por várias razões, entre elas sua notável sobrevivência numa carreira de mais de 110 filmes entre 1931 e 1989, quando já estava doente e com o rosto parcialmente paralisado.
Chamada numa certa época de “Primeira Dama da Tela”, os filmes do seu apogeu nos estúdios da Warner, nos anos 30 e 40, são um compêndio do que há de melhor em interpretação cinematográfica. Não exatamente bonita, Bette lutou a vida inteira por melhores papéis, melhores filmes. Foi ela quem quebrou o velho molde de que as estrelas deveriam ser ou decorativas, glamorosas como Garbo ou simpáticas como Norma Shearer.
Bette não tinha medo de ser feia ou má. Era até melhor nesses personagens. Diziam que ninguém era melhor do que Bette quando ela era má. A tal ponto que o filme All About Eve, de 1950, chamou-se no Brasil, A Malvada e todo mundo pensa que se trata de Bette, quando na verdade o personagem título é a outra, a tiete sem caráter Eve Harrington, feita por Anne Baxter.
A Malvada
Bette queria representar e fazia qualquer personagem: bêbadas, solteironas, megeras, garçonetes, prostitutas. Todas as atrizes têm uma dívida com ela porque ela provou que a interpretação em cinema não ficava nada a dever a do palco.
Antes dela, acreditem, ator de cinema era considerado inferior. E ninguém menos que Meryl Streep lhe atribui esse mérito. Claro que Bette nunca desaparecia num personagem. Sua figura era intensa demais, tinha mesmo certos maneirismos e tiques.
O mais famoso era usar o hoje politicamente incorreto cigarro, tirando baforadas curtas. Ou então acendendo dois ao mesmo tempo como na cena de um de seus maiores êxitos, A Estranha Passageira (Now, Voyager, 1942), aquele que dizia “Não peça pela lua, nós já temos as estrelas!”. O que a fez ser imitada por comediantes e drag queens. Sua personalidade era forte demais. Mas isso não importava.
A Estranha Passageira
Numa carreira brilhante ela teve dez indicações ao Oscar, só perdendo para Katharine Hepburn e agora Meryl Streep. Ganhou duas vezes. Mas teve dois feitos memoráveis: foi presidente da Academia, coisa rara para uma mulher mesmo hoje em dia, e conseguiu uma exceção única na história, pôde ser votada como melhor atriz por Servidão Humana (Of Human Bondage, 34) embora seu nome não estivesse dentre as finalistas.
Não ganhou, porém seu prêmio no ano seguinte por Perigosa, 35, foi certamente um prêmio de consolação e pedido de desculpas. Bette deixou uma série de personagens memoráveis. Nem é preciso mencionar A Malvada, que ela herdou na última hora de Claudette Colbert, já que o filme cai muito quando ela some de cena. É difícil dizer qual é a melhor interpretação de Bette .
Uma das mais famosas é certamente Jezebel, de William Wyler, seu namorado - e quase marido, também seu diretor preferido. O filme nasceu de seu desejo de fazer Scarlett O Hara, em E o Vento Levou. Quando viu que isso seria impossível, resolveu criar um personagem semelhante e até ganhou um Oscar por ele.
Sua figura de mulher voluntariosa teve um momento clássico, quando ela vai a um baile com um vestido vermelho. E o mais curioso é que o filme é em preto e branco! Um dos meus favoritos é Vitória Amarga (Dark Victory, 39), a história de uma mulher que sofre de câncer no cérebro e aos poucos vai ficando cega. As cenas em que ela tenta esconder sua doença são inesquecíveis.
Vitória Amarga
Outros preferem A Estranha Passageira que já mencionei lá em cima, onde ela faz uma solteirona que tenta se livrar da opressão materna fazendo uma viagem de navio até o Rio de Janeiro. Naturalmente reproduzido em estúdio.
São tantos os filmes que certamente há outros momentos favoritos. Inclusive seu notório encontro com a rival Joan Crawford em O Que Teria Acontecido Com Baby Jane? (Whatever Happened to Baby Jane?, 62), que iria render muitas imitações, até mesmo dela.
Sem esquecer também os famosos olhos de Bette Davis imortalizados na canção de Kim Carnes. Clique aqui e assista ao vídeo.
Bette certamente não é um assunto que se esgota de uma só vez. Grande parte dos seus filmes saiu no Brasil em DVD pela Warner. Nos EUA todos os grandes títulos dela estão disponíveis.

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