sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

ALIANÇA DO CRIME: O TRIUNFO DE JOHNNY DEPP E SCOTT COOPER

Tradução da entrevista para a GQ:
Scott Cooper é um “gênio colaborativo”, diz Johnny Depp.
Johnny Depp é um “tesouro nacional”, diz Scott Cooper.
Eles estão amando um ao outro – e por que não? O filme que estamos falando – Aliança do Crime, a história de Jimmy “Whitey” Bulger, o infame chefe do crime cuja relação manipuladora com o FBI lhe permitiu comandar o sul de Boston com punho de ferro – foi um triunfo mútuo.


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Pedidos para explicar a admiração de duas vias em uma tarde recente em Los Angeles, ambos o ator e o diretor apontaram para o mesmo momento no filme. A cena se desenrola atrás de Depp – cuja transformação no vampírico Bulger de olhos azuis é tão completa que poderia muito bem ser um ato de desaparecimento – que devorou um bife de jantar na casa de seu guardião do FBI, John Connolly, com quem ele cresceu na velha vizinhança. Cada homem acredita que ele está vencendo o outro, mas na verdade Bulger segura as rédeas, o que ele prova quando vai ao andar de cima para fazer uma visita para a esposa de Connolly. Nenhum sangue é derramado, mas o que acontece a seguir é a coisa mais perturbadora no filme.
“Ele meio que a atormenta com o rosto,” diz Cooper, relembrando a carícia agressiva que Depp faz na atriz Julianne Nicholson. “É violento sem nenhum armamento.”
Depp balança a cabeça, dando um trago no cigarro que ele acabou de enrolar. “Quando nós filmamos, eu não queria fazer a mesma coisa em todos os takes. Você quer mudar. Então eu fui até o Scott e disse, ‘hey, cara, o que você acha?’ “ Cooper, o ex ator que também dirigiu Crazy Heart, de 2009, achou que o tato ameaçador seria perfeito. Juntos, os dois deram a Bulger mais uma linha de diálogo.
“Eu fui pra trás, olhei pra ela e disse, ‘John é um cara sortudo,’” diz Depp, satisfeito com a memória daquele take final, “Foi muito assustador.”
Depp disse que para descrever o Bulger de sangue frio, ele se baseou em um “velho caipira raivoso” (um resquício de sua tumultuada infância no Kentucky). “Isso não é necessariamente muito longe da superfície as vezes,” diz o ator três vezes indicado ao Oscar. “Na medida que você pode controlá-lo, ter acesso a isso acontece em uma fração de segundo, isso era o que Jimmy Bulger tinha. Eu sabia que era disso que o papel precisava.”
Mas tem mais a sua descrição do que maldade pura. Bulger é mostrado no filme como um ser carinhoso com seu filho pequeno, galante com mulheres mais velhas na vizinhança – uma espécie de Robin Hood – como uma figura (contanto que você o pegue no momento certo). “Um minuto, tudo está bem e elegante,” diz Depp. “Aí acontece de alguém ser burro o suficiente de chamá-lo de Whitey, e ele muda.”
A habilidade de Depp para encarnar essa tensão, é a chave para o brilho do ator camaleônico. “Ninguém tem o alcance que Johnny tem,” diz Cooper. “Para criar Ed Wood e também estar em Dead Man, Edward Mãos de Tesoura, O Libertino e Sweeney Todd. Para interpretar Jack Sparrow, John Dillinger, Hunter S. Thompson e Joe Pistone (em Donnie Brasco), e George Jung (em Profissão de Risco). E ainda assim, por todos esses papéis, eu fiquei hipnotizado de vê-lo se transformar no homem que é – gentil, humorado, emotivo e doce – para Jimmy Bulger. Whitey está sempre no controle. Se você ficar a 18 polegadas de distância, Jimmy faria ser 12. E Johnny capturou isso.”
Ele teve ajuda: próteses, lentes de contato azuis, um complexo pedaço de cabelo, e um dente da frente feito com maquiagem cinza. Mas mais do que qualquer coisa, era Depp no comando da intensidade da raiva de Bulger que até fez visitantes no set terem a sensação de mau agouro. Cooper lembra que sua esposa e sua filha de 9 anos, Stella, foram um dia ao set, “quando coisas violentas não estavam acontecendo”. Em um momento, enquanto Cooper e Depp estavam reunidos entre um take e outro, ele percebeu que Stella ficou encarando.
“Eu olhei pra baixo, e ela estava olhando para o Johnny como se ela estivesse pensando para ela mesma, ‘espera aí. Esse é Jack Sparrow. Mas não parece,” ele relembra. “E eu pensei: que ótimo jeito de estragar seus filhos.”
Depp sorriu. “Eu lembro que eu tive que fazer a voz para ela” – ele já estava ligado nas melhores músicas de Piratas do Caribe – “para que ela me reconhecesse.”
A mudança é notável, porque ela aparece sem esforço. Existe uma batida à medida que Depp volta a sua própria fala macia, e Cooper levanta suas sobrancelhas como se dissesse, “Viu?”.
Artigo da GQ
By Amy Wallace
Tradução Jaqueline/DeppLovers

via DeppLovers

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