sábado, 13 de novembro de 2010

O universo mágico e obscuro de Tim Burton

Tim Burton é um dos diretores mais conhecidos atualmente por causa do seu estilo. Aparentemente, o homem parecer ser um lunático macabro que gosta de filmes obscuros ou muito coloridos e personagens sanguinários, mas há muita coisa para ser avaliada em sua obra. Primeiro, vale lembrar que, atualmente, Burton usa uma fórmula secreta. Isso mesmo: uma fórmula que foi se concretizando ao longo desses anos e hoje está pronta e é aplicada em todos os seus filmes. Vamos também averiguar como essa fórmula foi formada. E vamos fazer um giro pela sua carreira começando agora.

Geralmente, Tim Burton é mais lembrado pelo seu icônico personagem inventado no início dos anos 1990, o Jack Skellington, do filme O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas). Os fãs ou mais ligados ao diretor com certeza conhecem esse personagem, que muitos pensam ter sido o filme de estreia de Tim Burton, o que é uma informação errônea. Em primeiro lugar, vale lembrar que ele não dirigiu tal filme, apenas fez o roteiro e produziu (e ainda assim levou a fama no lugar do diretor Henry Selick \o/), o que deixou com seu toque macabro que sempre esteve presente em sua carreira. Em segundo lugar, antes deste filme, Burton havia produzido pelo menos mais sete filmes. O primeiro, em 1982, foi o curta Vincent, que possui um dos climas mais obscuros vistos até hoje no cinema e que você pode assistir aqui mesmo, neste blog, clicando aqui.

Depois de Vincent, Burton produziu outro curta sombrio, mas com mais toques de comédia. Desta vez, o curta-metragem Frankenweenie, de 1984. O filme é uma paródia de Frankenstein. Nele, um garoto tenta ressucitar seu cachorro, dando vida a seu cadáver. Não podemos negar que ele era é muito criativo.

Algum tempo depois, foi lançado Os Fantasmas Se Divertem, uma comédia (na minha opinião originalíssima e divertidíssima - a cena do antar é fantástica) com um estilo muito diferente. O filme virou um clássico da Sessão da Tarde e deu origem à uma pequena série de desenhos vagabunda que não chega nem à ponta da unha do dedão do pé do filme. Também devemos lembrar que Burton dirigiu, em 1989, a primeira adaptação para os cinemas dos quadrinhos do super-herói Batman, que se comparado aos de Christopher Nolan são umas porcarias, mas, claro, que por mais bizarro que seja, se visto atualmente pode ser muito divertido e um clássico.

Em 1990, Tim Burton dirigiu o filme que é considerado por muitos sua maior obra. É um filme encantador, triste, cheio de simbologias e coisas afins, com uma ótima sonora composta por Danny Elfman (que já havia trabalhado com o homem em Batman) e estrelado por Johnny Depp, o primeiro filme em que trabalharam juntos. Depois de dirigir a continuação de Batman em 1992, dirigiu em 1994 Ed Wood, uma biografia do diretor Edward Wood Jr., que dirigiu grandes filmes como Glen ou Glenda ou Plano 9 do Espaço Sideral, e que é justamente considerado o pior diretor de todos os tempos. O filme foi estrelado por Johnny Depp. Em 1999, diretor e ator trabalharam juntos novamente em A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça. Em 2001, Burton refilmou o clássico Planeta dos Macacos, considerado por muitos o seu pior filme (EU CONCORDO!!!! \o/), estrelado, desta vez, por sua esposa que também era atriz, Helena Bonham Carter, que atuou também em seu filme Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas.

PRONTINHO! A fórmula e concretizou, e a partir daí, todos os seus filmes foram feitos a partir destes moldes:
- Estrelado por Johnny Depp;
- Estrelado por Helena Bonham Carter;
- Trilha sonora de Danny Elfman;
- Visual, fotografia, direção de arte e detalhes extremamente trabalhados.
Isso pode ser visto nos seus próximos filmes, como A Fantástica Fábrica de Chocolate, A Noiva Cadáver e Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet.

E assim termina a história de um glorioso cineasta, que tem muito sucesso e faz por merecer. Tendo atualmente se tornado modinha entre adolescentes infelizmente, faz agora mais sucesso do que nunca, explicando o enorme sucesso de sua última obra Alice no País das Maravilhas.
Bom, de tanto que eu o elogiei, acho que já perceberam que ele é meu diretor preferido :)

Update - 09/09/10

Como foi lembrado por um comentário anônimo, vale lembrar que, atualmente, os filmes de Tim Burton vêm se tornando cada vez mais comerciais, o que de certa forma decepciona os fãs e prejudica a carreira, pois todos sabem que quando alguma coisa é feita visando apenas o dinheiro que está por vir, não sai coisa muito boa. Um exemplo foi o já citado Alice, que mesmo tendo me divertido muito, é um baita filme ganancioso, pois a Disney interferiu muito no processo.
Assim, Burton já perdeu muitos fãs e, se continuar assim, perderá mais, pois por mais que seus filmes sejam feitos com a excentricidade encantadora de sempre, se continuarem tão comerciais, faltará o mais importante para conquistar o público: o amor ao cinema.

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