terça-feira, 13 de julho de 2010

Parabéns Capital do rock (do reggae, do pop, do rap...)


Por muitos anos a principal justificativa para tantas bandas de rock originárias de Brasília era a falta do que fazer. Nos final dos anos 70, a recém construída capital ainda deixava muito a desejar para os jovens que lá se viam obrigados a morar. Já diz o ditado que “mente parada é oficina do cão”. Neste caso, um cão “roquenrôu”, que inspirou talentos e fez brotar do concreto um novo estilo de música: o Rock Brasília.

Desdenhado por muitos, o som que vinha daquele imenso canteiro de obras começou a incomodar. À medida que os acordes vazavam das paredes do Brasília Rádio Center ou da Colina, para outros cantos da cidade e regiões do Brasil, o isolamento era quebrado e resultava em música. Música de qualidade, politizada, inteligente, criativa. Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Finis Africae, Detrito Federal, são os grandes responsáveis pelo rótulo capital do rock. Mais recentemente Raimundos, Rumbora, Maskavo, Móveis Coloniais de Acaju continuam justificando o título.

A cidade que separou o joio do trigo, o setor de oficinas do setor hospitalar, o setor hoteleiro do setor comercial e os prédios das casas, conseguiu, ao mesmo tempo, unificar emoções. Em alguns anos, o rock, mesmo com todo seu engajamento, seria muito pouco para a nova Capital, agora Capital da Música. GOG, Natiruts, DFC, Câmbio Negro, BSB-BH, KiKo Peres, InNatura, Jah Live e tantos outros fazem jus a uma inspiração que vai muito além da falta do que fazer. Aliás, a falta do que fazer ficou para trás, mas a força do rock candango continua ainda mais viva.

Na capital onde o céu e o cerrado se fundem ao cimento, a falta de esquinas e do mar continuarão inspirando gerações e nos brindando com música e poesia.

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