sábado, 1 de maio de 2010

Entrevista com Johnny à Sky Movies


Não dá para negar: Johnny Depp é um ícone. Ele é o ator mais bem pago de Hollywood, regularmente é eleito como o homem vivo mais sexy e um dedicado pai de família. Em uma entrevista para marcar a estreia de Alice no País das Maravilhas no canal de TV paga Sky Box Office e de Inimigos Públicos no Premiere HD, ambos em junho, a revista Sky Movies penetra a mente de um dos astros hollywoodianos mais desejados.

Sentado à frente da equipe Sky Movies no deslumbrante Hotel Renaissance em Los Angeles e vestido em uma típica mistura boêmia de jeans, camiseta de brim por debaixo do paletó, boina e botas pretas, e distraidamente inquieto com seu bigode e cavanhaque, é óbvio que Johnny Depp está voltando ao seu excêntrico alter-ego Jack Sparrow [pela descrição, dá pra presumir que essa entrevista foi feita em 20 de fevereiro durante a coletiva de imprensa de Alice no País das Maravilhas - foto].

Tendo assinado para Piratas 4, falamos com o sempre tranquilo ator de 46 anos sobre seu retorno às águas salgadas, seu igualmente excêntrico papel como Chapeleiro Maluco em Alice no País das Maravilhas e seu aclamado trabalho como John Dillinger em Inimigos Públicos, que será exibido em 4 de junho no Sky Movies Premiere HD.

Sky Movies: O que o fez aceitar o papel de John Dillinger?
Johnny Depp: Eu era fascinado por ele quando criança, estranhamente. A mesma fascinação que eu tinha com Charlie Chaplin ou Buster Keaton. Havia alguma coisa inerente que eu adorava em Dillinger. Nos anos 30, quando os bancos eram os inimigos, Dillinger se tornou um tipo de herói popular... Era um homem muito carismático e viveu da maneira que queria, sem compromisso...

SM: Trabalhar nas locações onde Dillinger realmente esteve afetou sua forma de atuar?
JD: Oh, sim. É tudo. A ideia de que você pode estar no exato lugar onde John Dillinger deu seu último suspiro lhe entrega a performance. Você sabe como reagir a tudo.

SM: Como foi trabalhar com Marion Cotillard?
JD: Oh, ela é maravilhosa. Ela passou muito tempo com a família de Billie Frechette [seu personagem] e melhorando seu sotaque. Foi tão comprometida - uma atriz incrível.

SM: Você fez alguma programação para sua carreira até agora?
JD: Tenho sido muito sortudo no sentido das coisas chegarem quanto têm de chegar. Eu não esculpi nada. Tenho sorte em ter pessoas como Tim Burton me apoiando - quando o estúdio não quis me contratar para A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, Tim lutou por mim.

SM: Como você escolhe seus papéis e como é pular de um grande personagem para outro?
JD: Tudo depende do material e o que o personagem exige. Foi interessante sair de Inimigos Públicos, interpretando John Dillinger - uma pessoa real com uma intensa gravidade - para ir direto ao Chapeleiro [em Alice no País das Maravilhas de Tim Burton]. Foi libertador, pois esse personagem poderia ser essencialmente qualquer coisa. Em um minuto ele está assustado como uma criança, no minuto seguinte está cheio de raiva e falando com um sotaque escocês. Para mim, foi como ser colocado em um foguete e ser lançado na estratosfera... Como ator, acho que você deve ser diferente todas às vezes para não entediar a si mesmo, a audiência e os diretores.

SM: O que o atraiu no Chapeleiro Maluco?
JD: Eu terminei de ler "Alice" e "Através do Espelho" e me lembro de ter marcado todas essas passagens incríveis, essas pequenas migalhas que Lewis Caroll deixou cair. Charadas como "Porque um corvo se parece com uma escrivaninha?" e "Estou investigando coisas que começam com a letra 'M'!" Senti como se o Chapeleiro representasse todos os extremos da personalidade humana. Houve alguma dificuldade para mim alcançá-lo... Quase como um distúrbio de múltipla personalidade.

SM: Você tem tantas mudanças de humor quanto o Chapeleiro?
JD: Geralmente, sou muito calmo. Estou muito mais calmo agora do que era alguns anos atrás. Muito disso tem a ver com criar uma família - você tem que ter quantas respostas forem necessárias para eles. Meus filhos me acalmaram 100%.

SM: Como sua carreira afeta seus filhos?
JD: Uma coisa que posso dizer é que meus filhos nunca ficam entediados. Eu experimento personagens com eles e eles parecem reagir muito bem... São os melhores. Minha filha, Lily Rose tem 10 anos e quando estou fazendo um filme ela pergunta "Posso ver esse?", porque obviamente há alguns que ela não pode ver antes dos 60! Ela e meu menino, Jack, assistiram Edward Mãos de Tesoura e choraram... Não posso dizer que eles podem assistir qualquer outra coisa. Eles surtariam... Eles têm uma grande, grande imaginação e são crianças muito divertidas. Meu medo é que provavelmente se tornem atores.

SM: Você pode falar sobre seu próximo filme, The Rum Diary?
JD: The Rum Diary foi um sonho. Foi algo que Hunter S. Thompson e eu falamos sobre em 1997 e o fato de que ganhou vida do jeito que aconteceu com um diretor perfeito, Bruce Robinson, e um grande elenco... Incrível. Foi exaustivo, mas uma grande experiência. Então, estou feliz e orgulhoso de ter terminado por Hunter.

SM: O que podemos esperar de Piratas 4?
JD: Eu assinei sem um roteiro... Eles me envolveram no processo criativo e estão recebendo minhas ideias muito bem, o que tem sido legal. Está tudo se encaixando. Há algumas razões para eu ter assinado para Piratas novamente. De forma egoísta, eu verdadeiramente amo o Capitão Jack Sparrow e acho que há mais a ser explorado. O primeiro Piratas foi próprio. Piratas 2 foi a ligação que nos levou a Piratas 3, na minha opinião, os filmes foram muito bem feitos, mas gostaria de fazer um Piratas que não fosse enrolado e sim, divertido, para entreter. Essa é realmente minha principal motivação para fazê-lo.

SM: E finalmente, como é ser Johnny Depp hoje em dia?
JD: Sou muito básico, uma cara bem simples. A maior parte de mim tem a ver com arte ou criação de alguma coisa. Não consigo escapar, sabe... Mas eu? Dê-me um bom livro, a garrafa de um bom vinho e um dia com brisa que estou feliz. Temos um ótimo lugar [no sul da França] e vou lá e não faço nada. Vou lá e não deixo a propriedade por três meses de cada vez - literalmente, levanto, saio, vejo o jardim e assisto os vegetais crescendo. Nunca conversamos sobre filmes ou trabalho... Levamos as crianças para caminhar e fazer piqueniques. É a existência perfeita. É realmente uma bela vida e há outro elemento que tem uma influência calmante: apenas ser capaz de ter um tempo especial com meus filhos onde telefones não tocam e pessoas não estão te seguindo na rua.

Fonte

Veja abaixo os scans da revista:

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Créditos: Johnny-Depp.Org

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