quinta-feira, 20 de maio de 2010

2010: um ano para celebrar Adoniran Biografia comemora o centenário de Adoniran Barbosa, o compositor que cantou os personagens e a cidade de São Paulo.

DANILO CASALETTI
Biografia: Adoniran foi ator dramático de telenovelas
O chapéu de lado, a gravata borboleta , a caixinha de fósforo na mão e um sotaque “italianado” típico da São Paulo da metade do século passado. Foi assim que Adoniran Barbosa – que completaria 100 anos em 2010 – ficou conhecido. Ele e seus inesquecíveis sambas, como Trem das onze, Saudosa Maloca, As mariposa, Iracema e Samba do Arnesto (leia entrevista com Ernesto Paulella, amigo de Adoniran).

A maioria de suas canções foi imortalizada pelo grupo Demônios da Garoa, mas elas também foram registradas por nomes como Elis Regina, Gal Costa, Clara Nunes e Clementina de Jesus. O “paulistano” Adoniran, na verdade, era paulista de Valinhos. Nascido João Rubinato, começou a vida vendendo tecidos. Porém, o que ele queria mesmo era ser cantor. Acabou virando ator de rádio, atuou no cinema, foi comediante e garoto-propaganda.

Para marcar o centenário do compositor, várias comemorações já estão programadas (confira reportagem de Época São Paulo). Uma delas é o relançamento do livro Adoniran: uma biografia (Editora Globo, 680 páginas, R$59,90), do jornalista Celso de Campos Jr. A nova edição traz uma inédita seleção de roteiros originais do programa Histórias das malocas, sucesso de Adoniran no rádio na década de 60.

A biografia de Adoniran relatava verdadeiras preciosidades da vida do compositor, como a sua estreia como ator de telenovelas em 1970, aos 60 anos de idade. Sua primeira aventura no gênero foi no texto de Dulce Santucci, Tilim, escrito para a TV Record. O compositor ainda atuou em outras produções, como Os inocentes e Mulheres de Areia.
Leia um trecho do livro

E se hoje em dia quem vende cerveja são “boazudas” como Juliana Paes e Ivete Sangalo, na década de 70 não tinha para ninguém. Foi Adoniran com seu famoso refrão “Nós viemos aqui para beber ou conversar?” que alavancou as vendas da cerveja Antarctica. (Assista a um dos comerciais). A publicidade, como conta o livro, ainda ajudou a reerguer a popularidade de Adoniran.

Em 1980, dois anos antes de morrer, Adoniran recebeu uma bonita homenagem por seus 70 anos: um disco no qual grandes nomes da música brasileira cantavam suas famosas composições. Tudo acompanhado de perto por Adoniran que também participou das faixas. Elis Regina, Clara Nunes, Gonzaguinha, Clementinha de Jesus, Djavan e Roberto Ribeiro foram alguns dos nomes que participaram do disco.

Em uma entrevista para o jornal Folha de S.Paulo à época da gravação, o produtor do disco, Fernando Faro, definiu Adoniran Barbosa da seguinte maneira: “O Adoniran é uma figura dessas que já não se fazem mais. Série única, edição esgotada”.

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