sexta-feira, 11 de março de 2011

Johnny Depp é razão para ver animação Rango legendada By: Fred Burle



Aos poucos vão surgindo demonstrações de que a Pixar e a DreamWorks não serão as únicas referências no campo da excelência das animações. Já em sua estreia como produtora, a Industrial Light & Magic – empresa de 36 anos de George Lucas, responsável pelos efeitos especiais de “Avatar” e outra centena de blockbusters que você já viu, desde o primeiro “Star Wars” – firmou parceria com o canal de TV Nickelodeon e chamou um time de primeira linha para realizar este “Rango”.
Gore Verbinski, diretor da trilogia “Piratas do Caribe”, também é estreante no campo da animação, assim como o roteirista John Logan (“Gladiador”). O primeiro sai-se bem e tem neste o seu melhor trabalho. O segundo é competente o suficiente para segurar esta história com uma fluidez impressionante. Sua única falha foi não desenvolver o tema da falta de água no mundo, questão pertinente que o filme tenta tocar, mas que não aprofunda.
A trama se apoia na premissa do malandro mentiroso que se passa por herói para se safar da perseguição de uma comunidade. Apesar de abusar dos clichês de animação, a história cria passagens que interligam naturalmente os acontecimentos e trás ótimos momentos de paródia/referência aos spaghetti westerns dos anos 60, em homenagens muito bem contextualizadas.
A equipe responsável pelos efeitos em CGI (computação gráfica) superou-se e o visual de Rango não deixa nada a dever a qualquer concorrente. A caracterização dos personagens, a textura de cada bicho nojentinho daquele cenário desértico, é incrível.
A trilha sonora é outro achado: mais um primor assinado pelo alemão Hans Zimmer (“Piratas do Caribe”, “Batman – O Cavaleiro das Trevas”), que misturou mariachis mexicanos com trilha de faroeste pastelão, contribuindo para a atmosfera hilariante do filme.
Mas quem se destaca mesmo – e é o maior trunfo desta produção – é Johnny Depp, dublando o personagem-título com um sotaque à la Jeff Bridges em “Bravura Indômita”, só que voltado para a comédia. Ele é hilário e é peça fundamental para o sucesso de “Rango”.
Por isso, ao optar por cópias dubladas, os brasileiros vão perder o melhor do desenho… Não há dublador, por mais profissional que seja, que supere Johnny Depp ensandecido, dando asas a uma interpretação.
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Rango

(EUA, 2011)

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