quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Com Depp e Angelina, 'O Turista' não entrega o que promete

As três indicações de “O Turista” no último Globo de Ouro causaram certa estranheza em Hollywood. Estrelado por Johnny Depp e Angelina Jolie, o longa foi amplamente comentado antes de sua estreia, mas recebeu críticas nada favoráveis. Diante disso, as línguas mais afiadas especularam que o filme só entrou na lista de indicados para assegurar a presença dos protagonistas na cerimônia.

Veja o trailer
Ficha do filme e salas em cartaz

Se Depp e Angelina já são, cada um, um forte chamariz para o público, imagine os dois juntos. Olhando por essa perspectiva, é até possível entender a jogada dos membros da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, responsável pelo Globo de Ouro.

O longa - um remake do francês “Anthony Zimmer” (2005) - ainda teve a direção do alemão Florian Henckel von Donnersmarck, que ganhou um Oscar de melhor filme estrangeiro por “A Vida dos Outros” (2006). Ainda assim, a produção não se salva. Em todo caso, os brasileiros poderão conferi-la a partir desta sexta-feira (21) nos cinemas. E tirar suas próprias conclusões.

De início, o filme parece uma trama clássica de espionagem. Angelina é a primeira a aparecer na telona, como a bela e misteriosa Elise Ward. Logo se descobre que ela está sendo seguida pela Interpol, a mando do agente britânico John Acheson (Paul Bettany).

A bela é procurada por sua ligação com um homem chamado Alexander Pierce, acusado de realizar um desfalque milionário. Em um café parisiano, Elise recebe uma mensagem de seu amante, que a manda encontrar e seduzir alguém parecido com ele. Assim, a polícia será despistada pensando que esse homem é ele.

É aí que Johnny Depp entra na história, como o terno e abobado professor Frank Tupelo. De viagem na Europa após ter o coração partido, o turista americano não entende como uma mulher de beleza tão estonteante como Elise lhe dá bola dentro de um trem. Mas decide pagar para ver e a acompanha agora em Veneza.

 

Frank passa a enfrentar em seguida só confusão, procurado pela Interpol e pelo mafioso Reginald Shaw (Steven Berkoff), que fora enganado por Pierce. O longa a partir daí se transforma em uma fita de ação, com perseguições, tiros e reviravoltas.

O principal problema de “O Turista” é que, à exceção dos protagonistas e dos belos cenários, falta graça ao longa. A direção de Von Donnersmarck é correta, mas o modo como a trama é conduzida não faz com que o espectador se envolva nela, o que é essencial para um longa do gênero.

O que se tira de tudo isso é que só as presenças de Depp e Angelina não são capazes de segurar um longa de mais de 1h30. Os estúdios adoram usar seus astros para empurrar no público produções que prometem mais do que oferecem de verdade. E o pior é que o espectador acaba pagando, sem saber, para perder seu tempo.

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