quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

50 Filmes que Você Deveria Ver Antes de Morrer

No canal TCM, Turner Classic Movies, da Turner, você poderá assistir à nova edição do Especial 50 Filmes que Você Tem que Ver Antes de Morrer, reunindo exatamente o que título diz: 50 dos filmes favoritos do público e crítica. Eu faço a apresentação de cada filme e achei que seria uma boa ideia colocar aqui no Blog diariamente as chamadas/o texto que eu gravei para o Canal (a gravação foi feita em Buenos Aires, onde ficam os estúdios deles e correram extremamente bem). Então todos os dias leiam aqui, os filmes que precisam ver no TCM.
22h - Ed Wood (Idem, 94). Drama. 126 min. Preto e Branco. EUA.  Buena Vista. Diretor: Tim Burton. Elenco: Johnny Depp, Martin Landau, Sarah Jessica Parker, Bill Murray, Patricia Arquette, Jeffrey Jones, Vincent D’Onofrio, Lisa Marie, G.D. Spradlin.

Sinopse: A história real de um lendário diretor de filmes C. Edward Wood Jr (1924-78), que não tinha noção de sua falta de talento e que trabalhava sempre com os amigos. Inclusive o famoso Drácula do cinema, Bela Lugosi, já no fim da vida. 
Comentários: O sucesso recente de Alice no País das Maravilhas consagrou de vez o nome e o prestígio de Tim Burton. Mas não é todo mundo conhece aquele que é, provavelmente, seu melhor filme e seu maior fracasso de bilheteria, até porque ele ousou rodar o filme em 1994, em preto e branco.
Este foi o segundo encontro de Tim Burton com Johnny Depp, que se tornaria seu ator preferido. O primeiro foi igualmente memorável com Edward Mãos de Tesoura, quatro anos antes. Johnny é a figura ideal para viver esse personagem contraditório e lendário, que é sonhador e ingênuo, mas tão complexo que gosta de se vestir com roupas femininas.
Ed Wood realizou seus filmes mais conhecidos nos anos 50, que de tão ruins e mal feitos, acabaram se tornando famosos. Foi descoberto, postumamente, com o dúbio título de ser o pior diretor de todos os tempos. Fazia filmes com orçamentos paupérrimos e insuperável incapacidade técnica, tão ruins que se tornaram cults.
Sabia-se pouco sobre ele: que era alcoólatra, que ganhava a vida escrevendo livros pornográficos e que era travesti (no sentido de que gostava de vestir roupas de mulher). Teria dirigido 17 filmes ao todo, em geral, sempre arranjando um papel também para ele. A verdade é que Wood é insuperável em incompetência, o que torna suas fitas hoje hilariantes. Os diálogos são ridículos, os atores péssimos, a música desastrosa, os erros de continuidade permanentes (dia e noite se misturam).
Burton mostra tudo isso com a ajuda de um excelente elenco, que inclui Sarah Jessica Parker, Bill Murray, Patricia Arquette, Vincent D’Onofrio. Mas, sem dúvida, a melhor coisa é a interpretação de Martin Landau como Bela Lugosi, que lhe valeu um merecido Oscar de Coadjuvante. É uma grande criação na medida certa e valeu também um Oscar de maquiagem. Todo o filme é uma homenagem afetiva ao cinema trash e com certeza tem lugar garantido entre os filmes que você precisa assistir antes de morrer.
0h20 - O Inimigo Público (The Public Enemy, 31)
Direção de William Wellman. Warner. 83 min. PB.
Com James Cagney, Edward Woos, Jean Harlow, Joan Blondell, Donald Cook, Leslie Fenton.
Comentários: Você vai conhecer hoje um dos melhores filmes de gangster de todos os tempos, para mim uma autêntica obra-prima: O Inimigo Público, de 1931, o filme que transformou James Cagney no bandido mais querido do cinema. O longa também prova o talento de um cineasta ainda pouco reconhecido, William A. Wellman.
Ninguém fazia filmes de gangster como os estúdios da Warner. Eles tinham um slogan: veja na tela as manchetes dos jornais de hoje. Enquanto a lei seca criava a figura do gangster contrabandista de bebidas, o cinema apresentava com realismo e inesperada violência um retrato levemente disfarçado dos grandes bandidos. Não esqueça que ainda não existia o Código de autocensura, e o filme a que você vão assistir agora é a fonte de inspiração para os trabalhos posteriores de Scorsese e Coppola. Eles mesmo é um dos primeiros a admitir isso.
O Inimigo Público conta a vida disfarçada de um gangster, Tom Powers, sua ascensão, queda e glória. Inspirado em Earl Hymies Weiss e Dean O’Bannion. Não vou falar da sequência final, mas já vou prevenindo que é uma das mais impressionantes da história do cinema. Assim como é notável a figura de James Cagney. Baixinho, briguento e estridente, o segredo de seu sucesso é simples: energia, tudo o que Cagney fazia era vibrante, forte, rápido, irritado, dinâmico. E sempre com uma autoconfiança, uma certeza de ser invencível e superior. Até a voz um pouco esganiçada fazia parte do tipo exuberante, capaz mesmo de fazer perdoar outra cena famosa: quando ele esfrega um grapefruit no rosto da atriz Mae Clarke. Uma cena que provocou protestos na época e que depois eles disseram que fizeram de brincadeira. Mas não parece não.
Outra curiosidade: os papéis centrais foram trocados. James Cagney iria fazer o personagem do amigo, mas resolveram dar lhe a figura central e reduzir Edward Woods a figura de amigo. Afinal quem é Edward Woods? Cagney o fez literalmente sumir do filme.
Outra atração importante: a presença de Jean Harlow como principal figura feminina, símbolo sexual e a mais famosa loira platinada do cinema e que teve uma morte trágica com apenas 26 anos, porque a família não quis pedir ajuda médica.
Com excelente elenco, uma direção excepcional, O Inimigo Público é sem dúvida um dos filmes que você tem  qu

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