sexta-feira, 23 de abril de 2010

É HOJE,GALERA A ESTREIA DE ALICE NO BRASIL..BORA ASSISTIR...

Estreia hoje a versão de Burton para "Alice"


Estreia hoje a versão de Burton para
Em março, "Alice" arrecadou US$ 116, 3 milhões nos EUA
Finalmente, a versão cinematográfica de “Alice no País das Maravilhas’’, do engenhoso diretor Tim Burton, chegaàstelasbrasileiras. Como não poderia deixar de ser, o cineasta, responsável por sucessos como “A Fantástica Fábrica de Chocolate’’ (2005) e “Edward Mãos de Tesoura’’ (1990), confere doses de inventividade ao longa baseado nos clássicos literários “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas’’ (1865) e “Alice no País do Espelho’’ (1871), escritos por Lewis Carroll.

Se no original a protagonista é uma garotinha que, após cairem uma toca de coelho, vai parar em um mundo mágico, na trama de Burton Alice tem 19 anos e não sabe ao certo se deve se casar. O problema é que a cerimônia já está marcada.

Mas, horas antes de subir ao altar, a jovem novamente desaba no mundo subterrâneo que conheceu quando ainda era uma criança. Lá, ela reencontra velhos amigos, como o Coelho Branco, os irmãos Tweedledee e Tweedledum, a Lagarta, o Gato Risonho e o Chapeleiro Maluco - este vivido porJohnnyDepp.

Todos veem em Alice a última esperança para livrar o mundo onde vivem das ordens da louca Rainha Vermelha, interpretada por Helena Bonham Carter, com figurino e maquiagem ímpares.

Casada com Burton, Helena é destaque do longa, em que grita à exaustão a frase mais bacana da trama: “Cortem-lhe as cabeças!’’. Sua caracterização ganha uma forcinha extra graças à tecnologia 3D empregada na produção.

Para o papel-título, Burton  escalou a até então desconhecida Mia Wasikowska. Anne Hattaway (“O Diabo Veste Prada’’), como Rainha Branca, completa o elenco principal.

Uma das principais estreias do primeiro semestre, “Alice’’ fomentou a ansiedade de fãs no mundo todo. Pudera: a mais recente adaptação do enigmático clássico da literatura reuniu novamente (e pela sétima vez) Burton e Depp, uma das duplas mais inventivas de Hollywood. Seus trabalhos são famosos pela inovação, seja no roteiro, seja na atuação. Dirigido pelo amigo, Depp recebeu, por exemplo, sua terceira indicação ao Oscar de melhor ator, por “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet’’ (2007).

Produzido pela Disney, o filme contou com investimento pesado em marketing. Suas primeiras imagens caíram na internet no fim de 2008 e, desde então, qualquer foto de figurino ou caracterização logo se tornava febre entre os internautas. Tanta espera justifica a bilheteria: no fim de semana de seu lançamento nos EUA, em março, “Alice’’ arrecadou US$ 116,3 milhões (R$203 milhões), tornando-se a maior bilheteria de abertura de todos os tempos.

>> Com ou sem 3D, haja ansiedade!

A história do filme já é conhecida, mas agora tem a marca autêntica de Tim Burton. Com base nas imagens e vídeos promocionais de “Alice!” já divulgados, com ares fantasmagóricos e turvos, o filme gerou grande expectativa em todo o mundo. E apesar de Belém ainda não ter acesso à versão em 3D, nada diminui a vontade de ver a mais nova versão do clássico infanto-juvenil.

A jornalista Lidiane Sousa diz que sente até medo de ver o filme e ficar decepcionada. “Tem muita fala daqui, fala de lá, mas mesmo assim estou curiosa para ver ‘Alice’ pela inovação na caracterização dos personagens, que são meio disformes, pelo cenário, por essa nova roupagem que o diretor está dando para a história com o uso da tecnologia. E até mesmo pelo custo da produção e pela receptividade nos EUA. Quando um filme tem essa popularidade lá fora, aumenta a expectativa no Brasil”, diz ela.

O músico e estudante de artes visuais Jeffersom Grimm acredita que essa divulgação só aumentou a vontade de sair de casa para o cinema. “É um filme que conta com grandes nomes do cinema e a divulgação massiva alimenta a curiosidade. Gosto dos clássicos dirigidos pelo Burton, gosto do livro ‘Alice no País das Maravilhas’. Espero uma película sombria, característica do Tim. Talvez seja um bom filme, né?”.

Por ser justamente um diretor diferente, que aposta em novas formas de realização, Tim Burton criou uma Alice à sua maneira. Criou também cenários típicos de suas produções, com atmosferas nebulosas - que agora parecem não ter vestígios das alegorias pueris da versão de outrora.

Para o designer Livando Malcher, a aposta na ousadia é um trunfo, que não deixa de carregar as digitais do diretor. “Apesar de ele ser reconhecido pelo trabalho com stop-motion, o fato de usar outra técnica para a produção de “Alice” demonstra ousadia em mostrar a fantasia atrelada à tecnologia. Pelas imagens divulgadas na internet, imagino que o filme mantenha a identidade do diretor”, aposta.

O produtor de rádio Fabrício Rocha quer ver o filme principalmente pelo diferencial da adaptação. “Li uma reportagem que afirma que essa é uma das melhores adaptações do livro. Estou curioso para saber se concordo. Existem ainda algumas mudanças. A Alice do Tim Burton não é uma criança, mas sim uma adolescente. Dizem que para dar mais ênfase na sensualidade da personagem”.

Além disso, ele ressalta o descontentamento com a inexistência de salas 3D na capital paraense. “Já estou triste por causa disso. Queria poder assistir ao filme neste formato”, lamenta. Mas, com o sem 3D, chegou a hora de comprar o ingresso.

TRUQUES EM CENA

As filmagens e a produção de “Alice no País das Maravilhas’’ guardam uma série de curiosidades. Embora a tecnologia 3D e os efeitos especiais tenham sido bastante utilizados, Burton e sua equipe tentaram ao máximo evitá-los. Prova disso é que alguns truques não têm nada de modernos. Com apenas 1,62 m de altura, a protagonista precisou ficar em cima de uma caixa de maçãs, em vários momentos das gravações, para aparentar ser mais alta do que os outros atores. No filme, o tamanho de Alice varia de 15 cm a 6 m.

Já para aumentar a cabeça da Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter), uma série de efeitos especiais foi aplicada na etapa de pós-produção do filme. Mas, antes de ir para o set de filmagens, a atriz ficava cerca de três horas na maquiagem - ela era coberta de pó de arroz branco, passava sombra azul nos olhos e recebia uma pintura em forma de coração nos lábios.

Para viver a Rainha Branca, Anne Hathaway diz ter visualizado uma “pacifista e vegetariana punk-rock’’. Suas inspirações foram nomes como Deborah Harry (vocalista do Blondie) e Greta Garbo. Mais experiente, Depp fez uma série de pinturas com aquarelas, imaginando como seria o visual de seu personagem, o Chapeleiro Maluco.

Na maior parte das cenas, os atores contracenaram em espaços sem cenários - que foram criados depois, por computação gráfica.

NAS LIVRARIAS

A Cosac Naify colocou nas prateleiras uma edição de “Alice no País das Maravilhas’’ traduzida pelo historiador Nicolau Sevcenko e ilustrada por Luiz Zerbini - o artista plástico criou cenários feitos de cartas de baralho, de onde saltam os personagens da trama. A Jorge Zahar lançou uma edição de bolso e a editora Salamandra disponibilizou uma caixa com os títulos “Alice no País das Maravilhas’’ e “Alice Através do Espelho e o que Ela Encontrou Lá’’.
Alice no País das Maravilhas
(Alice’s Adventures in Wonderland)
- Direção: Tim Burton
- Com: Johnny Depp, Mia Wasikowska e Helena Bonham Carter
- Produção: EUA, 2010, 108min, aventura/fantasia, dublado
- Classificação: 10 anos
:: Confira no Guia da Semana os horários das sessões nos cinemas

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