quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Ceia dos Acusados | Remake contrata David Koepp como roteirista


Filme reunirá Johnny Depp e Rob Marshall

David Koepp (Anjos e DemôniosIndiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal) acaba de ser contratado para escrever a refilmagem de A Ceia dos Acusados (The Thin Man, 1934). O filme reunirá Johnny Depp Rob Marshall, que o dirigiu em Piratas do Caribe 4.
The Thin Man é baseado no livro homônimo do autor de policiais noir Dashiell Hammett e conta a história de Nick Charles, que, depois de casar-se com a rica socialite Norah, abandona seu trabalho de detetive particular para viver como alcoólatra e marido-troféu em tempo integral. Contra sua vontade, Nick se envolve na investigação de um assassinato. O caso tem muitos suspeitos, então Nick e Nora resolvem convidá-los todos para um jantar para ver como a noite se desenrola.
Estrelada originalmente por William Powell Myrna Loy,A Ceia dos Acusados foi uma franquia de seis filmes na MGM e, posteriormente, adaptada como série de TV para a NBC, entre 1957 e 1959.
Depp cuidará da produção, ao lado de Christi Dembrowski, Rob Marshall, John DeLuca eKevin McCormick. As filmagens ainda não têm data para começar.

via www.johnnydepp.com.br

Foto de Johnny Depp em The Rum Diary por Peter Mountain.





        


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Trajetória: Johnny Depp (Parte II)


Por Kleber Godoy

Na segunda parte sobre a vida e a arte de Johnny Depp (para ler a primeira parte da trajetória de Johnny Depp clique aqui) partimos de sua carreira e vida após seu primeiro filme 'A Hora do Pesadelo, (A Nightmare On Elm Street, Wes Craven, 1984(que nós já comentamos na sessão '1001 Filmes', para ler, basta clicar no nome do filme) até seu brilhante encontro com Tim Burton e sua entrada no cinema dos anos de 1990.


Johnny Depp trilhou um caminho pessoal muito intenso desde o início, quando ainda tinha sonhos em ser músico, e chegou, sem querer, a ser o ator mais rentável de Hollywood. Até hoje, em 2011, ele diz que o termo celebridade é estranho para já que se define apenas como 'uma pessoa que desempenha um trabalho estranho'.

Assim, após a separação amigável de sua primeira esposa, ele se apaixona pela atriz Sherilyn Fenn, e depois por Jennifer Grey, sendo que cada vez seu coração bate tão forte quanto antes se entregando às paixões completamente. Pessoas próximas a ele dizem que quando decide namorar uma mulher ele se compromete totalmente com a relação, e isso gera novos pedidos de casamento. Com romances e uma carreira em andamento, os relacionamentos pouco duram nesta fase de sua vida, sendo que Depp tem muita coisa para administrar profissionalmente.


Seu segundo filme foi 'Férias Do Barulho (Private Resort, George Bowers, 1985)', filme que tem sua primeira cena de nudez e a única até hoje. 'Private Resort' foi escrito por Gordon Mitchell, Ken Segall e Alan Wenkus e conta a história de dois amigos adolescentes que resolvem passar as férias num resort e lá arranjam muitas confusões.


É a típica comédia dos anos 80, que mostra adolescentes querendo ter experiências sexuais e provocando situações cómicas e cenas de seminudez. Johnny Depp e Rob Morrow estrelam como Jack e Ben, respectivamente, os amigos adolescentes que estão à espreita sexual neste resort luxuoso de Miami, onde são hóspedes de fim de semana.





Johnny Depp faz o papel perfeitamente, um garoto e seu amigo cheios de tesão, olhando as bundas alheias de mulheres de biquíni que passam a todo momento. Além deles há personagens e atuações fantásticas do barbeiro do hotel, de hóspedes e do gerente, em uma trama divertida e proibida para a sessão da tarde, por motivos óbvios, mas ao mesmo tempo completamente inocente, e com uma trilha sonora agitada. 
Só para destacar alguns atores que me encantaram e fizeram morrer de rir com esta trama: Hector Elizondo, Dody Goodman, Tony Azito, Hilary Shapiro e Leslie Easterbrook. Enfim, um filme que nos faz pensar em uma vida leve, divertida, 100% alegria e diversão.



No ano seguinte, Johnny muda de comédia para drama e guerra com o filme 'Platoon(Platoon, Oliver Stone, 1986)', seu terceiro filme (que nós já comentamos na sessão '1001 Filmes', para ler, basta clicar no nome do filme). O filme mostra a trajetória do jovem Chris, que troca a matrícula na universidade para servir como recruta no Vietnã, assim como fez seu pai e seu avô em guerras anteriores, experimentando toda violência e loucura de uma guerra. No campo de batalha o jovem conhece os sargentos Barnes e Elias. O primeiro, um assassino brutal e psicopata, e o segundo um pacifista inteligente e sensível, que além de lutarem contra os vietcongues também travam uma batalha entre si.


Oliver Stone, em toda sua intensidade, assustou Depp com o 'laboratório' a que os atores foram submetidos: ter a vivência na selva por duas semanas, com pouca água, pouca comida e muitos desafios, uma vida de soldado durante a guerra. Quem assiste ao filme quase não vê Johnny Depp, pois a edição retirou grande parte das cenas dele, só restando umas duas ou três, mas ele vivenciou muito tempo de trabalho neste filme. Segundo amigos ele ficou muito magoado com os cortes já que gostou muito deste trabalho, no qual encena um tradutor, fazendo intermediação entre os habitantes das vilas e os soldados.


Apesar dos cortes ele pode atuar com grandes atores, estreantes e veteranos, como Charlie Sheen, Tom Berenger, Willem Dafoe e Forest Whitaker. E neste período começou a recusar papéis, coisa que faz com facilidade e grande frequência até hoje. Na primeira vez que a Fox o convidou para estrelar uma série policial ele recusou. Mas os produtores iniciaram as gravações com outro ator e decidiram que deveriam tentar contratar Depp de qualquer forma. Bem, não sabemos o que propuseram a ele, mas sabemos que ele aceitou o convite nesta segunda tentativa e assinou um contrato de cinco anos com a emissora. E ele tinha inteligência e consciência para ver que era atraente e bonito, necessitando tomar cuidado para não se tornar um produto, estrelando com cuidado e receio a série de TV 'Anjos Da Lei(Jump Street, 1987)', programa que durou até 1991, mas que não teve Depp até o fim.


O diretor da série disse que Johnny era 'carismático, sensual e ótimo ator', tudo o que a série precisava. O sucesso da série juvenil foi imediato e o personagem de Johnny era o policial Tom Hanson, que investigava jovens relacionados a casos de AIDS, gravidez, uso de drogas, entre outros. O jovem Thomas Hanson, filho de um policial assassinado, era um dedicado oficial que passava a fazer parte da equipe que dá nome a série, especializada em trabalhar sob disfarce - principalmente em colégios do segundo grau e faculdades. Depp não acreditava que o programa duraria muito e ironizava este trabalho, mas fez tanto sucesso que chegava a receber 10 mil cartas de fãs por mês e apareceu, por conta da emissora, na capa de todas as revistas adolescentes da época. Fato é que se a Fox é hoje o que ela é deve muito à visibilidade que Depp lhe deu. A série chegou a se reformular para Depp, deixando o personagem mais descolado, como o jovem Depp era, enriquecendo o ator.



Com a passagem de pobretão para estrela de TV, ajudou a uma entidade beneficente e trouxe a mãe para viver perto, tatuando seu nome, Betty Sue. Com pouco mais de 20 anos era considerado muito maduro por quem trabalhava com ele, sem deixar que a fama ou o dinheiro lhe corrompesse. Em 1989 queria mudar de ares e deixar a série, mas ainda tinha três anos de contrato a cumprir. Nesta época ele desdenhava a série, não gostava das histórias e achava muito incomodo esta coisa toda de ídolo adolescente com gritos de meninas por toda parte. Ele não gostava, na verdade, de se sentir um produto, um pedaço de carne e deixava claro para todos que não queria continuar o programa, começando a 'aprontar' nas gravações. Assim, incendiou uma calça no setting e começou a fumar mais do que nunca fora de ação. Em entrevistas dizia que não gostava de ser chamado de bad boy e nem de outras coisas de que o rotulavam.

Era uma prisão, ter mais três anos para cumprir e disse ao diretor que não gostaria de continuar, mas que se assinasse contrato para mais uma temporada ele iria cumprir. Assim, ganhando a confiança dos produtores, foi liberado para fazer outros filmes para os quais era convidado, mesmo continuando por mais uma temporada na série. Ao término da temporada, com ajuda de seus advogados, recingiu o contrato. Uma notícia atual revela que ele fará parte do elenco do filme que leva o nome da série, e é só aguardar as surpresas.



Enquanto fazia seu desfecho em 'Anjos Da Lei', conheceu Winona Ryder na estreia de um filme e se contagiou com seu espírito de aventura e vontade de explorar o mundo. Assim, mais um noivado acontece em sua vida, ao quinto mês de namoro. Nesta época ele queria estabilidade, bem difícil de se obter em Hollywood. Foram perseguidos durante todo noivado e interrogados com perguntas pessoais indiscretas, momentos em que Johnny ficava furioso e seus instintos agressivos tinham que ser controlados.


Johnny queria fazer uma coisa mais do que tudo nesta época: ironizar o sucesso adolescente que tinha conquistado em 'Anjos Da Lei'. E conseguiu isso em seu quarto filme, 'Cry-Baby(Cry-Baby, John Waters, 1990)', o filme de paródia adolescente que Depp procurava, fazendo algo diferente com personagens estranhos (como uma garota com o apelido de 'cara amassada') e atores mais estranhos ainda (como Iggy Pop, o excêntrico músico de rock), comandado por um diretor marginal.


Wade Walker (Johnny Depp) é Cry-Baby, o menino chorão do filme, um bad boy líder de um grupo que vive em Baltimore, na década de 1950. Ele acaba apaixonando-se por Allison Vernon-Williams, uma jovem rica que é criada pela avó, Sra. Vernon-Williams, que o considera um delinquente juvenil e não quer vê-lo junto da neta. Além disto, Baldwin, o namorado de Allison, que é líder dos 'quadrados' (grupo do qual a garota faz parte), acaba liderando uma guerra contra a gangue de Wade.




Iggy Pop interpreta Belvedere, tio do personagem de Depp e também está no filme, com uma ponta de guarda de penitenciaria, Willem Dafoe. Tom Cruise, Robert Downey Jr. e Jim Carrey foram considerados para o papel de Cry-Baby. A tatuagem no braço de Johnny Depp, com o nome 'Cry-Baby', é falsa; porém, a outra tatuagem logo abaixo, é verdadeira.

Este filme me agrada muito pelo seu visual, as roupas dos personagens e a interação deles que apresenta uma conexão perfeita para este musical inebriante. É uma linda comédia para rir muito e apreciar uma bela obra com belíssimas atuações cômicas. Há cenas em que fãs de Depp se desmancham como a que ele chega de moto para pegar a garota em sua casa e, com todo jeito de boy irresistível pede 'vem comigo...'. Há cenas quentíssimas, porém, sem sexo, dele com a protagonista (Amy Locane), e em uma destas cenas Walker pede um beijo de língua e ela diz perguntando: 'eu não vou pegar uma virose, vou?'. Isso é coisa para se perguntar para o Johnny Depp? (risos). Johnny Depp demonstra muita energia neste filme, encarnando ator, cantor e dançarino em um musical gostoso.



Os anos de 1990 se iniciam e o então ídolo juvenil e símbolo sexual fazia imenso sucesso. Mais tarde, sobre este sucesso carnal, ele disse que 'queria morrer. Você é apenas um cachorro-quente vendido na televisão. E eu desprezo isso!'.

Após o sucesso de 'Anjos Da Lei', conhece o visionário Tim Burton, com quem faria uma parceria que dura até hoje. 'Edward Mãos-De-Tesoura (Edward Scissorhands, Tim Burton,1990)' é seu quinto filme. John Waters falou de Depp aos produtores do filme e este foi chamado, chegando para os testes com roupas sujas, tímido e perdido. Os produtores e Tim Burton, vendo o seu jeito doce e seus olhos interessados no ambiente logo disseram: 'é ele!'.


Tim Burton disse há pouco tempo que o garoto Johnny Depp adora uma maquiagem e isso é muito útil em seus filmes. Este filme é uma mistura de terror e fantasia, produzido pela 20th Century Fox. Edward é um jovem, criado por um inventor maluco, que como peculiaridade possuiu tesouras no lugar das mãos. O 'pai' de Edward iria presenteá-lo com um par de mãos criadas por ele no natal, mas faleceu antes. Após este fato Edward fica sozinho onde eles viviam, uma mansão enorme e bastante envelhecida. Um certo dia, uma vendedora de cosméticos bate à porta de Edward e encontra-o lá, completamente só. Ela então resolve levá-lo para casa, onde Edward tem muita dificuldade em conviver, devido ao preconceito demonstrado pela vizinhança. Mas pouco a pouco vai se tornado popular devido aos talentos que tem com suas 'mãos'. E ai a trama se desenrola imprevisivelmente.



Logo Johnny se identificou com o personagem excêntrico e retirado à margem pela sociedade, sozinho e deslocado em Hollywood. Fez forte amizade com o elenco, estando entre eles Anthony Michael Hall, assim como o talentosíssimo Vicent Price, colega que interpreta o inventor. As roupas pesadas no calor de 38 graus, certamente fizeram ele sofrer um pouco, mas interpretou com imenso prazer, apaixonado pelo roteiro.

O namoro com Winona Ryder foi útil para a trama já que estavam apaixonados na ficção e na realidade, mostrando uma conexão perfeita. No filme também está a minha queridíssima Dianne Wiest, sensível e doce com sua personagem que acolhe Edward e vai lhe curar as feridas.


O filme recebeu uma indicação ao Oscar de 1991 na categoria de melhor maquiagem, uma indicação ao Globo de Ouro do mesmo ano na categoria de melhor ator de comédia/musical para Johnny Depp, entre outras indicações e prêmios diversos entre a América e a Europa.

Em breve postaremos uma crítica sobre o filme em seu todo, já que o mesmo desperta muitas questões e está na lista dos '1001 Filmes Para Ver Antes De Morrer', mas para este post gostaria de deixar algumas palavras: Edward é um personagem que mexe com o coração das pessoas, de uma sensibilidade e inocência que há muito tempo perdemos, todos nós, humanos, uma inocência de alguém que não foi civilizado, que ainda sente medo, que ainda se delicia com novidades simples. Do que os jovens tem medo hoje? Quando Edward se mostra deslocado é o Johnny Depp que se mostra, quando Dianne Wiest cuida de suas feridas, ela realmente cuida dele.

No mais, como as mulheres se excitaram com as mãos cortantes deste menino tímido e sem jeitos, não? (risos)


Depp agora com 27 anos prova que era mais que um ídolo adolescente, mais do que um bad boy e mais do que tudo o que o rotulavam, que era mais que beleza, que era sem precedentes, que tinha e tem talento. Com a carreira em ascensão, mantém o espírito boêmio, morando em hotéis, se divertindo com amigos em pubs e deixando de lado a vida de astro rico em grandes hotéis ou diversões glamurosas. No entanto, recentemente disse que nunca saiu tanto como dizem, passando também por muitos momentos de melancolia em que ficava mais solitário, principalmente antes do estrelato, quando vivia em um quarto e cozinha perto de Hollywood Boulevard, sem um centavo. Ele conta que passava horas em sebos e que sente saudade daquele tempo, sem tantos compromissos e agenda lotada, com mais tempo para si e no anonimato. Cita ainda que a inocência desta época fazia com que sua vida antes de ser famoso fossem de dias maravilhosos.

Após o sucesso de 'Edward Mãos De Tesoura... Este é assunto para a parte III. Assim, a continuação desta história será postada em breve e trará mais fotos interessantes nas quais podemos ver a transfiguração de Johnny a cada etapa de sua vida e arte, contando o percurso de Johnny Depp. Veremos que o enlace com Winona Ryder não durou muito e que suas próximas escolhas de trabalho se deram pelo personagem, pelo roteiro e pelo diretor, não sendo a questão financeira atrativa para ele aceitar ou não um filme. Até lá!


Leia também a primeira parte da nossa homenagem ao Johnny Depp.

via teatro da vida

Trajetória: Johnny Depp (Parte I)


 "Este texto foi retirado integralmente da postagem 'Trajetória: Johnny Depp (Parte I)' (: http://oteatrodavida.blogspot.com/2011/08/trajetoria-johnny-depp-parte-ii.html) hospedado no blog 'O Teatro Da Vida' (http://oteatrodavida.blogspot.com  Por Kleber Godoy


Para começar esta nova seção ninguém melhor do que o bad boy de Hollywood, um de meus grandes ídolos, ra est

relar uma sequência de posts sobre sua vida e arte.


Entrando no mundo do cinema por acidente, como ele mesmo considera, tem mostrado ao público belas atuações em excêntricos e interessantes personagens, conseguindo fugir dos rótulos preferidos do mundo do espetáculo, como de Símbolo Sexual. Assim, percorre o caminho do sucesso com originalidade, espontaneidade e liberdade. Este é Johnny Depp! E nesta primeira parte vamos falar sobre o início de sua vida e carreira percorrendo sua infância e adolescência, assim como seu flerte com a música e sua entrada no cinema em 1984.



Johnny Depp nasceu em 9 de junho de 1963, filho de um engenheiro civil e de uma dona de casa (posteriormente garçonete) e seu nome de registro é John Christopher Depp II. Nasceu na cidade de Owensboro, no Estado americano de Kentucky, mas seus pais se mudaram para a Flórida quando ele tinha 7 anos e lá foi criado, tendo que se mudar de cidade outras vezes por conta da busca familiar por melhores condições de vida. Depp tem um irmão e duas irmãs, sendo uma delas sua empresária e, apesar dos conflitos familiares na infância, ocasionando a separação dos pais quando ele tinha 15 anos, é uma pessoa que valoriza muito a família e a sua união.

Através de entrevistas do astro e de notícias da mídia, tomamos conhecimento de sua infância, na qual o garoto era bem solitário e construía túneis no jardim de casa, escondendo-se lá durante horas. Sua jornada solitária também permeava sua vida escolar, na qual não tinha amigos, não era bom em esportes e não tirava boas notas na escola. Além disso, apesar de hoje ser um dos homens mais desejados do mundo, não tinha namoradas. Através desta pequena introdução na vida de Johnny Depp vemos a sua habilidade natural para encarnar personagens excêntricos, além de dar certa tranquilidade às pessoas que tiveram infâncias solitárias e sem sucesso com as meninas ou com os esportes: o fracasso nem sempre é permanente! (risos)

Desde o início de sua vida sonhava com a música e aos 12 anos ganhou sua primeira guitarra decidindo que seria guitarrista. A escola sempre ficou em segundo plano em sua vida e aos 16 conseguiu formar um grupo, 'The Kids', que mais tarde viria a ser 'Six Gun Method'. Sua passagem pela música foi breve, fazendo shows em casas noturnas e abrindo alguns shows de famosos, como o do excêntrico Iggy Pop.




Nesta época e em outras posteriores ele reconhece fases de isolamento nas quais a guitarra e as drogas eram suas companheiras inseparáveis. Rebeldia talvez fosse presente nesta época já que sentiu as consequências emocionais da separação de seus pais. Algumas curiosidades, talvez irrelevantes sobre o astro: começou a fumar aos 12 anos; perdeu a virgindade aos 13 com uma mulher mais velha; saiu da escola aos 15 onde as meninas o achavam 'estranho'; tem 1,77 de altura; não se interessava por namoro, focava em sua vida musical; e não se importa com premiações (aliás... qual a importância delas perante o talento, não?).



Quando Johnny era menino na Flórida e as drogas permeavam sua existência, diz que as utilizava como uma 'auto-medicação', já que enfrentar o divórcio dos pais não foi fácil. Assim, em uma entrevista chegou a dizer que não era divertido utilizar-se nem delas e nem do álcool. Era o modo como o jovem enfrentava a vida, saindo um pouco da pesada realidade.

Johnny utilizava da música também como escape, se sentindo bem com ela. Ele conta em uma entrevista que deixou a escola por não se sentir bem lá, mas que a música era muito importante para ele: 'era um santuário, me dava sensação de segurança absoluta; na escola, eu não me sentia assim'. Além disso, fala que foi uma época em que se vê como um 'garoto imbecil' indo em busca de música e falta de realidade, deixando a escola e se metendo com pessoas grandes sem ter conhecimento nem habilidade para manter conversas com elas.

Em 1983, com 20 anos, conheceu a maquiadora Lori Anne Allison, sua primeira esposa, unindo-se a ela por 2 anos. Viajaram juntos com a banda, que ficou confiante com os shows que apareciam e rumaram a Los Angeles em busca de contrato, percebendo que o mundo lá era muito mais complicado do que esperavam.




Vivendo precariamente em Hollywood, sem dinheiro ou moradia fixa e de boa qualidade, buscando trabalhos pouco rentáveis como o de telemarketing e de frentista de posto de gasolina, enfrentaria uma situação dramática. A situação financeira dos dois era realmente precária e uma tensão entre o casal provocou a separação em 1986, mas enquanto ainda era casado, Lori lhe apresentou seu amigo Nicolas Cage, o qual lhe mostrou o mundo do cinema convencendo-o a tentar este caminho. Depp então se perguntou 'porque não tentar ser ator?'. Cage agiu possibilitando que ele fizesse um teste para seu primeiro filme.




Johnny Depp disse que a situação era tão precária que aceitaria qualquer coisa naquela época. E assim entrou no filme 'A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, de 1984)', o que considera sua entrada acidental no mundo do cinema.




Tremendo e suando inicia as gravações tornando-se um sucesso perante as câmeras, agradando imensamente o diretor e escritor Wes Craven. O personagem de Depp neste filme é Glen Lantz, um dos jovens do grupo de adolescentes que começam a ter pesadelos nos quais são atacados por Freddy Krueger (interpretado por Robert Englund), um homem de garras afiadas e que mata jovens enquanto dormem. Neste filme, os crimes ocorrem sem saber da identidade do assassino até que há a descoberta de quem ele é e que foi queimado vivo pela vizinhança após molestar crianças naquela rua. O motivo do retorno de Freddy: é a vingança contra aqueles que o mataram, os pais destes jovens.







Sua atuação no filme, para um iniciante, sem ter cursado teatro, nem nada, foi bem significativa, não apenas uma 'pontinha'. E, para mim a atuação de Depp foi excelente pensando-se que o jovem interpretado por Johnny precisaria de algumas características que estavam intrínsecas no ator: espontaneidade, naturalidade, senso de humor e criatividade (estimulada pela sua grande curiosidade).




O filme teve sucesso acima do esperado, gerando sequências. Depp ficou eufórico com a sua atuação e com a repercussão da obra de Craven, continuando assim, apto a atuar em outros filmes. Logo após o sucesso nacional, o filme foi divulgado para outros países alcançando o mundo todo. O custo de produção ficou em torno de 1 milhão e 800 mil dólares, gerando renda de 26 milhões e 300 mil dólares.

Foi o início de sua promissora carreira como ator, passando a fazer aulas de teatro e investindo nesta trilha, na qual faria grandes amigos como Leonardo DiCaprio, Tim Burton, Helena Bonham Carter, Marlon Brando, Christina Ricci, Al Pacino e Sean Penn. Neste caminho teve que dizer muitos 'nãos' para se livrar de estereótipos e ser quem ele queria ser, o que lhe custou caro em alguns momentos. Mas disso falaremos nos próximos episódios desta história.

Apesar da guitarra ter ficado em segundo plano, sua atração pela música insiste em se manter e no decorrer de sua carreira vem tendo contato com a música incessantemente, como é o caso da participação em clipes de Tom Petty e de The Lemonheads. Além disso, toca guitarra na faixa 7, 'Fade In-out', do CD 'Be Here Now', do Oasis, de 1997, sendo amigo de Noel Gallagher, guitarrista da banda e um dos 'encrenqueiros do rock'. Em momentos posteriores falo mais de outros envolvimentos de Johnny com a música.

No decorrer de sua carreira, mostra versatilidade e falta de medo em arriscar, melhor dizendo, apreço e prazer em correr riscos. Apesar da fama de bad boy em Hollywood, quem trabalha com ele o descreve como sensível, gentil, inteligente, curioso e brilhante, assim como incompreendido. Estas são apenas alguns dos adjetivos que demonstram seu talento natural e minha razão de tê-lo como grande ídolo.




Por enquanto é isso... a segunda parte desta história contará o percurso de Johnny Depp, além desta interessante introdução, chegando aos anos de 1990 e à sua parceria frutífera com Tim Burton! Até lá!


Leia também a segunda parte da nossa homenagem ao Johnny Depp.
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AS MIL FACES DE JOHNNY DEPP

JOHNNY DEPP

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