domingo, 9 de maio de 2010

Dia das Mães 1ª celebração foi no dia 12 de maio de 1918, em Porto Alegre


Reprodução
A maternidade, em gravura de Picasso
As origens do Dia das Mães se perdem no tempo. Confundem-se com o culto às deusas da fertilidade, da colheita, ou da primavera. Na Grécia antiga, havia festas à deusa Réia, mãe dos deuses. Entre os romanos, festejava-se a Matronalia, em homenagem à deusa Juno, no início de março. Seja nos cultos pagãos ou nas religiões tradicionais, a maternidade e seus significados sempre foram celebrados.

No século 15, a homenagem às mães era feita de uma forma singela. Os operários tinham um dia por ano para ficar com suas mães. Era o quarto domingo da quaresma, que foi chamado de "mothering day". Os jovens davam doces e pequenos presentes para suas mães.

No começo do século passado, a professora americana Anna Jarvis perdeu sua mãe e ficou muito triste. Seus amigos organizaram uma celebração em homenagem à mãe dela. Anna Jarvis quis que essa homenagem se estendesse a todas as mães. A data ficou estabelecida. O governador do Estado da Virgínia oficializou a homenagem e o primeiro Dia das Mães foi o dia 26 de abril de 1910. O cravo virou o símbolo para este dia. Cravos brancos para homenagear as mães vivas e cravos vermelhos para lembras as falecidas.

Em 1914 o presidente Woodrow Wilson oficializou o Dia das Mães, que passou a ser comemorado no dia 9 de maio em todos os Estados americanos. No Brasil, o primeiro Dia das Mães foi comemorado pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918.

Em 1932 o Presidente Getúlio Vargas instituiu o Dia das Mães em todo o país, no segundo domingo de maio. A data passou também a fazer parte do calendário da Igreja católica. Em 1947 o cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro dom Jaime de Barros Câmara, tornou a data oficial.

Hoje o Dia das Mães é comemorado em todo o Brasil. É costume os filhos presentearem as mães, oferecerem flores ou enviarem cartões e mensagens. Também é tradicional o almoço em família. A data também tem também uma forte motivação para os comerciantes. Depois do Natal, é a época do ano em que há o maior volume de vendas.

Além do Brasil, muitos países comemoram o Dia das Mães. Nem sempre na mesma data que nós. Na Noruega, o Dia das Mães é o 2º domingo de fevereiro. Na África do Sul e em Portugal, o 1º domingo de maio. Na Argentina, é o 2º domingo de outubro. Na Espanha, o Dia das Mães é o dia 8 de dezembro.

O perfil das mães tem mudado bastante nas últimas décadas. As mulheres trabalham e acumulam papéis, equilibrando a vida em família com as exigências que têm fora de casa. A própria estrutura da família tem mudado bastante. O que não muda são os cuidados, o amor e o carinho entre mães e filhos.

A última loucura de Heath Ledger

A morte do ator durante as filmagens tornou “Dr. Parnassus” obrigatório – e ainda mais delirante
Luís Antônio Giron
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A promessa que O mundo imaginário do dr. Parnassus faz ao espectador é transcender a realidade pela imaginação. Para isso, basta cruzar o espelho ao fundo de um palco. É uma metáfora do escapismo teatral. Mas essa figura de linguagem encontrou, no meio do caminho, a morte real. O astro do longa, o ator Heath Ledger, morreu durante as filmagens. Para salvar o que parecia irremediável, o diretor Terry Gilliam recorreu a uma forma de ilusionismo: a edição digital.
Assim se deu o primeiro encontro do diretor com a alta tecnologia. Antes de ser celebrado pelas visões quiméricas, Gilliam fez fama com vinhetas animadas feitas à mão. Com o início da produção de Dr. Parnassus, em novembro de 2006, expandiu sua arte com técnicas como green screen e CGI (geração de imagens por computador). “Quero que o espectador fique em dúvida sobre os efeitos visuais”, disse. “Usei os métodos manual e digital, sem que nenhum deles vire um fetiche. São ferramentas.”
Foi por causa dos esboços que Ledger se ofereceu para trabalhar no projeto, no início de 2007. O ator estava filmando Batman, o cavaleiro das trevas. Apesar de imerso no papel do Coringa (que lhe renderia um Oscar póstumo) e em problemas pessoais, arranjou tempo para atuar no filme do amigo, rodado em locações nos arredores da Ponte Blackfriars, em Londres. E trouxe com ele a filha de 3 anos, Matilda. Ledger se encantou com a fábula sobre um grupo de teatro mambembe que percorre as ruas sujas da cidade em um palco sobre rodas. Assumiu o papel de protagonista, o saltimbanco Tony.
No roteiro, Tony surge pendurado por uma corda na ponte e é resgatado pela trupe, formada pelo mágico Anton (Andrew Garfield), o anão Percy (Verne Troyer) e a ingênua Valentina (Lily Cole). O mentor é o pai dela, Doutor Parnassus (Christopher Plummer). Ele tem 1.000 anos de idade e é capaz de levitar. Adquiriu tais poderes ao fazer um pacto com o senhor Nick (Tom Waits). Em troca, prometeu ao diabo que lhe daria Valentina, quando ela fizesse 16 anos.
O aniversário se aproxima, e Parnassus entra em pânico. A presença de Tony altera o cotidiano da companhia. Até então, os atores tentam inutilmente convidar as pessoas a ver o espetáculo. Quem hoje se encantaria por alegorias esfarrapadas?
Tony introduz novas ideias, como cenários modernos e nu artístico. E convida o público a atravessar o espelho mágico. Os poucos candidatos a cruzá-lo vivem, do outro lado, o que sonhavam. Valentina e Tony se apaixonam. Mas o diabo vem fazer a cobrança. Enquanto Parnassus tenta renegociar a dívida, o casal foge pelo espelho. As filmagens se encerraram nesse ponto da trama. O plano incluía tomadas digitais num estúdio em Vancouver. Ledger fez uma pausa em Nova York, onde morava, para entregar Matilda à mãe, a atriz Michelle Williams, de quem havia se separado. Ele amargava a depressão, com a disputa legal pela guarda da menina. No set, fumava maconha e bebia. “Essa mulher vai me matar”, disse, diante da equipe. Em 22 de janeiro de 2008, foi encontrado morto em seu apartamento, aos 28 anos. A causa oficial da morte foi overdose de medicamentos receitados.

  
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CONTRASTE
A trupe do Doutor Parnassus apresenta uma peça fantástica (e anacrônica) nas ruas da Londres atual. Poucos assistem ao espetáculo
Gilliam pensou em parar. De notória má sorte, já havia passado por situações parecidas: em 2001, suspendeu as filmagens de seu Dom Quixote quando um ator ficou paralisado. Mas decidiu seguir. Tinha um número de sequências com Ledger suficiente para prolongar a vida do personagem por meio digital. Só teria de usar sua também famosa imaginação. Tratou de convencer três amigos de Ledger – Jude Law, Johnny Depp e Colin Farrell – a viver Tony além do espelho. Cada um viveu uma faceta do herói e, ao mesmo tempo, prestou tributo ao amigo. Assim, Dr. Parnassus ganhou novos ângulos de loucura e extravagância. O filme critica a leviandade da sociedade de consumo e defende a abolição da realidade. Mas a utopia se realizou no mundo concreto. Lá está Heath Ledger vivo, em imagens delirantes. Não poderia haver melhor legado. A arte venceu a morte.

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Os “dublês” de Heath Ledger no papel de Tony
Com a morte do ator, três amigos interpretam uma faceta do personagem – e de Heath Ledger
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Através do espelho mágico, Tony surge como palhaço, vivido pelo inglês Jude Law. Conta piadas e faz micagens  
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Outra “viagem” pelo espelho leva Tony a se ver como um galã dançarino. O americano Johnny Depp faz o papel
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O irlandês Colin Farrell representa o lado mais humano de Tony. Ele quer fama, dinheiro e mulheres

AS MIL FACES DE JOHNNY DEPP

JOHNNY DEPP

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