segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

“Edward Mãos de Tesoura”, do extravagante Tim Burton, completa 20 anos

Johnny Depp como Edward Mãos de Tesoura, seu personagem de filme homônimo de 1990



Los Angeles (EUA) – “Edward Mãos de Tesoura”, um dos projetos mais pessoais do diretor Tim Burton, celebra nesta segunda-feira (6) 20 anos desde sua estreia em Los Angeles, nos Estados Unidos. O filme tem fãs no mundo todo até os dias de hoje.
Drama enternecedor, romântico e profundo, representou o primeiro trabalho de Burton com Johnny Depp, ator com quem fez até o momento sete filmes, o último “Alice no País das Maravilhas, e a confirmação do cineasta como um dos mais criativos e extravagantes.
Sem edições especiais em DVD e blu-ray por causa do 20º aniversário, diferente de quando a obra completou uma década -, os fãs do filme lançaram na internet um projeto para homenagear a sua maneira a obra de Burton.
Intitulado “Scissorhands20th”, o blog traz uma série de ilustrações nas quais diversos artistas mostram seu particular ponto de vista sobre o universo mágico idealizado pelo cineasta.
“Edward Mãos de Tesoura”, uma modernização dos contos de fadas, é centrado em Edward, um ingênuo Frankenstein com alma de Pinóquio, personagem interpretado por Depp, que seu criador (Vincent Price) constrói com o desejo que seja um ser puro.
O jovem Edward fica órfão antes de receber o implante de mãos humanas, condenado a conviver com tesouras no lugar das mãos, e passa seu tempo em solidão até ser descoberto por uma vizinha, que o acolhe, mudando a vida de sua família e a de seu entorno.
Um argumento inspirado na adolescência do próprio Burton, que quis refletir no longa-metragem sua experiência como um adolescente excêntrico, imaginativo, solitário e com problemas para estabelecer relações sociais.
Essa mesma incompreensão e isolamento foi um tema recorrente nos filmes de Burton, quem após sua estreia como diretor de longas-metragens com uma comédia familiar (“Pee-wee’s Big Adventure”, 1985), mostrou seu lado sinistro em “Os fantasmas se divertem” (1988), para depois entrar no mundo do cavalheiro obscuro com “Batman” (1989).
“Edward Mãos de Tesoura” chegou em 1990 e nela de novo Burton e, além de Depp, inclui no elenco a atriz Winona Ryder.
O filme arrecadou nos EUA mais de US$ 56 milhões, uma boa bilheteria para um ano no qual teve de dividir o interesse do público com “Esqueceram de Mim”, “Ghost”, “Dança com Lobos”, “Uma Linda Mulher”, “O Vingador do Futuro” e “O Poderoso Chefão 3″.
Mesmo assim, o filme de Burton conseguiu ficar entre os 20 de melhor resultado nas bilheterias americanas. A “Edward Mãos de Tesoura” seguiriam outros títulos nos quais Burton voltaria a demonstrar sua capacidade para normalizar o extravagância na sétima arte.
Escreveu e produziu “O Estranho Mundo de Jack” (1993) e dirigiu a também encorajada “A Noiva-Cadáver” (2005) e foi responsável de projetos como o relato exagerado de “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas” (2003) e o vingativo “O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” (2007).
Burton se atreveu com os “remakes”, e apresentou sua particular visão a histórias como “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça” (1999), “Fantástica Fábrica de Chocolate” (2005) e, este ano estreou em 3D com “Alice no País das Maravilhas”.
Uol Cinema

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