sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dirty Dancing é o melhor filme para mulheres de todos os tempos?

sex, 30/04/10
por Martha Mendonça |
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E  já que o assunto é cinema, li hoje no site Jezebel um artigo muito interessante: “Dirty Dancing é o melhor filme de todos os tempos”. O título me chamou atenção justamente, é claro, por estou longe de achar tal coisa. Então li.
A articulista, Irin Carmon, apoiada pela escritora Eleanor Bergstein, tem um ponto de vista que a leva a elogiar o filme como uma ode à mulher, em vez de apenas um filme de belas coreografias ou da trama-da-moça-feia-que-ganhou-o-cara-gostosão. Vou resumir:
Baby, a protagonista (Jennifer Grey), é uma moça idealista, sem afetações, com interesses próprios. Quer estudar economia dos países subdesenvolvidos. Não liga (ao contrário da irmã e da mãe) para a etiqueta hipócrita burguesa. No hotel onde a família vai passar uns dias, conhece o dançarino Johnny (Patrick Swayze no auge), um bonitão de classe inferior à sua.
Baby se apaixona por ele, que a ensina a dançar. Baby é inteligente e politizada, mas isso não impede que ela goste de sexo. Virgem, ela acaba indo pra cama com ele. Johnny é lindo e talentoso, mas isso não impede que ele se sinta um objeto sexual na mão de mulheres ricas. Com Baby ele se sente valorizado.
Mas por mais que Baby valorize Johnny como pessoa, o filme, do fim da década de 80, apresenta o homem como sujeito sensual – e não a mulher. É a protagonista que se perde naquele corpão todo. E a plateia feminina se identifica com ela, tipo: “uau, isso tudo é mesmo pra mim?”. Coisa que quase sempre acontece com a plateia masculina de cinema – especialmente até os anos 80.
Outro tabu que o filme quebra: na trama, há um aborto – feito por uma das dançarinas do hotel. Baby vai contra os valores morais de sua família e apoia a moça.
Ou seja: em dias de férias com a família, a moça criada no american way of life descobre o amor e o sexo, se livra do preconceito e percebe que pode pensar sozinha e avaliar o que é certo e o que é errado – pra ela própria. De quebra, aprende a dançar!
Vi Dirty Dancing adolescente e, ao contrário da maioria das minhas amigas, nunca liguei muito pro filme. Na época, eu gostava bem mais dos filmes de John Hughes, como Pretty in Pink ou Breakfast Club. Mas achei essa “tese” muito bacana. Me deu até vontade de ver de novo.
E você, o que acha?

A moda do País das Maravilhas


por Marcela Buscato |
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O lançamento em março da nova versão do filme “Alice no País das Maravilhas”, dirigido por Tim Burton, especialista em recriar temas fantásticos, está mexendo também com o mundo da moda. A famosa loja de departamentos Printemps, em Paris, pediu para que alguns dos mais renomados estilistas criassem sua própria versão do vestido da menina Alice. O resultado, que já está em exposição nas vitrines da loja, é uma coleção digna da loucura do Chapeleiro Maluco. E não menos divertida.
O recado dos modelos criados pela marca francesa Chloé, pelo belga Martin Margiela, pelo britânico Alexander McQueen (RIP) entre outros estilistas é deixar a imaginação fluir, com direito a muito tule, renda e volumes. Vale misturar estilos de peças diferentes, desde que seja mantido o ar romântico. Os modelos ficam expostos até dia 14 de março nas vitrines da Printemps.
A influência de Alice na moda promete perdurar. Tanto que outros estilistas já lançaram peças inspiradas na história do escritor britânico Lewis Carroll. O designer Tom Binns, famoso por seus maxi colares, lançou uma linha inspirada no mundo de Alice. Não faltam corações e chaves nas peças.
Até os homens podem embarcar na tendência. O italiano Ermenegildo Zegna soltou o Chapeleiro Maluco na passarela durante o desfile de sua coleção primavera/verão. Mas é bem provável que quem seguir a risca o figurino ganhará o mesmo adjetivo que dá nome ao personagem que inspirou a coleção. Quem se arrisca?
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O ÚLTIMO TANGO EM PARIS..CLÁSSICO..SHOW DE MARLON BRANDO..SEM DÚVIDAS O ATOR PREFERIDO DE JOHNNY DEPP...

O tango da beleza e da solidão


por ruth de aquino |
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tango
Amo este filme do Bertolucci. O último tango em Paris. Perdi a conta de quantas vezes eu vi, a primeira vez de propósito em 1972, quando foi lançado, e depois, quase sempre, por acaso. Em Paris ou no Brasil, na televisão. Revi no último domingo. A interpretação de Marlon Brando é magistral. Jean-Pierre Léaud e Maria Schneider também convencem. Mas são coadjuvantes. A fotografia de Vittorio Storaro é bela, o cenário é magnífico, tanto o apartamento vazio quanto as ruas e a ponte imponente de Bir Hakeim, que cruza o rio Sena, junto ao metrô de Passy, em Paris. O filme me toca, claro e obviamente, pela força das cenas de sexo. Acho genial, erótica e ousada a cena da manteiga – lubrificando o sexo anal. Mas o filme me toca, sobretudo, pela poesia, pela tristeza, insegurança e solidão dos personagens.
Por isso, ao ler o artigo (sempre bem escrito e sincero) de meu colega Ivan Martins, fiquei absolutamente surpresa com sua resenha, de um homem maduro que se choca  com o roteiro quase quatro décadas depois. Na época em que foi lançado, o filme foi considerado “obsceno” por alguns e até proibido em certos países. Hoje…Não, hoje não.
Sabemos que a verdadeira arte se presta a interpretações totalmente subjetivas. O que indigna alguns pode sensibilizar outros. Nem de longe chamaria Brando no filme de um exemplo de “besta anacrônica”. Ou de “macho majestoso”. Seu personagem – um americano exilado que acaba de saber do suicídio da mulher – sofre muito, e faz sofrer. Mas, quantas vezes isso acontece de homem para mulher… e de mulher para homem? Por que os homens são apresentados como algozes e as mulheres como vítimas coitadinhas? Não se pode crer que Maria Schneider, na vida real, tenha sido internada em clínicas psiquiátricas, tenha sofrido com drogas e tentado se matar simplesmente porque, no cinema, Brando a comeu forçadamente com manteiga num apartamento em que os dois se encontravam por vontade própria para fazer sexo sem dizer os nomes.
Maria Schneider ficou « marcada » por essa cena ? Como assim  ? Eu me sentiria muito conservadora se achasse que a morena sensual de seios grandes e quadris estreitos « não teria resistido psicologicamente » ao filme. Ela nunca foi julgada com severidade – a não ser por preconceituosos que não entendam de cinema. E esses não contam. Eu diria apenas que Brando já era um ator muito melhor do que ela, muito acima da média, e convencia mais no papel de sofredor. Tanto que, no filme, a personagem de Schneider acaba bem mais inteira do que ele, com a vida toda pela frente. Brando termina a mendigar amor. Inseguro, dividido, frágil, pirado, velho.
Qualquer cineasta moderno pode colocar no telão qualquer exemplo de sociopata – homem ou mulher. Difícil é fazer isso sem clichês. E produzir um clássico que resista aos tempos e a análises maniqueístas sobre papéis de homem e mulher. Claro que há lugar e sempre haverá, no mundo, para machos não domesticados…e fêmeas não domesticadas também. Sempre haverá lugar para sexo mais e menos convencional, com e sem amor.
Não acho O Último Tango um filme masculino nem feminino. Muitas mulheres fantasiam sexo com desconhecidos, ou sexo poderoso, visceral, com machos que as tornem submissas. Brando, no filme, também se faz submisso à beleza juvenil de Schneider. Também se faz perdido. Louco. Mas « independente » ? De forma alguma.
Muito mais já se falou sobre esse filme polêmico. Críticos, especialistas. Não sou especialista em cinema. Só falo aqui como mulher – e amante do cinema.
Senti muito mais pena de Marlon Brando do que de Maria Schneider neste filme. A manteiga é um acessório até carinhoso, eu diria, para não machucar, e aquela cena excitou homens e mulheres no mundo inteiro. Nos anos 70, não foram poucos os casais que imitaram. Ainda não havia KY. Mulheres não são santinhas. Homens não são bestas machistas. Schneider e Brando queriam o mesmo. Tanto é que ela sempre voltava ao apartamento para encontrá-lo. Mesmo noiva. De um rapaz certinho e delicado.
Não se enganem: somos, mulheres e homens, soberanos. E escolhemos sofrer ou não por amor.

Jennifer Lopez quer trabalhar com Johnny Depp

30/04/2010 11:58
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Jennifer Lopez desesperada para trabalhar com Johnny Depp? Pelo menos é o que foi divulgado hoje, de acordo com o "Angryape". Depois do atraso de seu novo disco ocasionado por uma mudança de gravadora, agora a cantora disse que amaria fazer algo com o ator - que estreou no cinema no papel do Chapeleiro Maluco de "Alice", de Tim Burton.
Enquanto o álbum não chega, ela disse em entrevista: "eu já tive muita sorte em todos os meus papéis. Trabalhei com muitos homens, mas estou desesperada para trabalhar com Johnny. Seria coisa de outro mundo. Mesmo se eu fosse uma pirata sem dentes e com um tampão no olho, eu poderia trabalhar com ele".
O novo álbum de Jennifer Lopez deve chegar no meio deste ano, como sucessor de "Brave", de 2007. Sua última aparição nas telonas é com o filme "Plano B", lançado também em 2010.
Veja mais:

Clique aqui para assistir a diversos vídeos da cantora.
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Nova música de Jennifer Lopez cita designer de sapatos Louboutin.

Johnny Depp e Angelina Jolie durante as filmagens de "The Tourist" em Veneza hoje (30/04/10)


ALICE bate recordes na estreia nacional

O longa-metragem dirigido por Tim BurtonAlice no País das Maravilhas” completa sua semana de estreia nacional quebrando recordes históricos da Disney Brasil e do cinema no país!
Alice” já é a estreia mais bem-sucedida do ano no Brasil em 2010, somente no primeiro fim de semana em cartaz, mais de 876 mil pessoas foram visitar o novo País das Maravilhas criado por Burton nos cinemas e arrecadou cerca de R$ 10.600.000!
Como se não fosse o suficiente, “Alice” superou “Avatar (Fox-2009) ” como a maior abertura de um filme em 3D no país, houve até cinemas que encomendaram o projetor digital 3D devido à estreia do filme por aqui! Isso é que usar o projetor pela primeira vez com estilo!
Alice no País das Maravilhas” segue em exibição nos cinemas nacionais em versões dubladas, legendadas, com 3D, sem 3D, e em IMAX 3D! E deve continuar em cartaz nas salas 3D pelo menos até o final do mês de Maio, que é quando chega o próximo filme que utilizará a tecnologia: “Fúria de Titãs (Warner)“.

Conheça o segredo do País das Maravilhas


Este texto poderia ser considerado um spoiler, se “Alice no País das Maravilhas” fosse um filme de suspense. Mas há de fato uma maciça dose de mistério cercando esse trabalho de Tim Burton. Vejamos: por que motivo ele atribuiu à protagonista a idade de 19 anos, colocando-a como herdeira de um poderoso empresário de comércio internacional? E por que, na última cena, ela toma um navio mercante em direção à China, no comando de uma missão de negócios, ostentando uma anacrônica gravata masculina?
Para facilitar a fruição do filme, uma explicação deveria ser apresentada logo na abertura, talvez num letreiro, como fez George Lucas em “Guerra nas Estrelas”. O procedimento esclareceria a complexa estratégia que ele adotou para adaptar o livro do inglês Charles Dodgson (1832-1898), publicado sob o pseudônimo de Lewis Carrol em 1865 – ano em que se iniciou uma guerra de 4 anos entre a China a Grã Bretanha, que ficou conhecida como a 2ª Guerra do Ópio. O que era mesmo aquilo que a lagarta azul fumava de um narguile, sentado num cogumelo?

O que ela iria comprar e vender no então chamado Império do Meio? A pista para responder esta pergunta está na história. Naquela época, os britânicos importavam seda, porcelana e chá – bebida da qual a Rainha Vitória era dependente, junto com a totalidade de seus súditos. Ingerir essa infusão de ervas era um hábito tão importante que servira de gancho para uma revolta considerada um dos estopins da guerra da Independência dos Estados Unidos: a “Boston Tea Party”, de 1773. Naquele ano, o Parlamento inglês entregara o monopólio do comércio do chá à Companhia das Índias Orientais, que pertencia a uma maioria de capitalistas ingleses. Em resposta, os americanos jogaram ao mar o carregamento de chá dos navios da companhia que estavam no porto de Boston.
A balança comercial era desfavorável aos britânicos, que tinham comprado 12.700 toneladas de chá em 1720 e, em 1830, já tinham passado de 360 mil toneladas. Por outro lado, na primeira metade do século 19 o ópio representava o grosso das exportações britânicas para a China, porque era a mercadoria que mais interessava aos consumidores. Assim, quando a sua importação foi proibida pela dinastia Qing, os britânicos lhe declararam guerra.

Produzida em alguns locais da Índia e do Oriente Médio, que na época era ocupado pelo Império Otomano, a droga era vendida ilegalmente aos chineses por mercadores ingleses que a trocavam basicamente por seda, porcelana e chá. Será por acaso que esses produtos dominam a cena de Alice, por meio do Chapeleiro Louco e seus comensais − a Lebre de Março, o Gato Risonho e o Coelho Branco? Nessa sequencia central do filme, que é a “Mad Tea Party”, Alice se encontra com a “elite social” do País das Maravilhas e é escondida dentro de um bule.
O nome original do país com o qual a menina Alice sonhava todas as noites desde os 6 anos, aliás, era simplesmente “Underland” – o underground, instância social em que se situavam as transações mercantis envolvendo o produto aspirado pela Lagarta Azul que, ao fim da história, “morre” para se transformar em borboleta da mesma cor. Aí a simbologia se completa: ao longo da história, os ingleses trocam o comércio subterrâneo de escravos e drogas por mercadorias mais nobres, como produtos manufaturados.

Na versão de Tim Burton, antes de recusar o pedido de casamento do filho de um Lorde, a Alice de 19 anos cai na toca do Coelho e experimenta na carne as mesmas aventuras com as quais sempre sonhara. É importante notar que essa queda se prolonga por vários minutos e, ao seu término, a personagem cai sentada sobre o teto de uma sala, com os cabelos para cima. Ao olhar em torno, ela depara com um candelabro em que as velas se acham com a chama virada para baixo e, aí, cai ao chão. Isso indica que o fundo da toca coincide com um local antípoda à Europa, ou seja, o extremo oriente do planeta, onde se localiza a China.
Após o término da fantástica aventura no mundo subterrâneo, ao sair do buraco, ela encara o mundo real: recusa o pedido de casamento e chama o pai do noivo para uma conversa privada. É quando ela lhe propõe sociedade num empreendimento comercial no império da Grande Muralha.

A “Interpretação dos Sonhos” de Sigmund Freud só seria lançado três décadas depois. Mas, mesmo assim, a protagonista deve ter vislumbrado retalhos de uma realidade futura por trás dos símbolos contidos naqueles sonhos recorrentes desde a infância. E, numa pré-munição, visto um confronto interno entre brancos e vermelhos. Branco, como a droga e como era designado o próprio chá chinês obtido da camellia sinensis – chá branco. E vermelho, como é a bandeira da China, que na marinha britânica também é a cor da bandeira que representa guerra. Uma batalha da qual ela mesmo participaria a ponto de empunhar espada para defender um dos lados. De fato, os ocidentais venceram a Guerra do Ópio e, em resultado a China abriu 50 de seus portos para o comércio com estrangeiros e a ilha de Hong-Kong permaneceu sob o domínio inglês até 1997.
Em outras palavras, a hipótese é que Tim Burton e a roteirista Linda Woolverton desenvolveram duas histórias para o filme, uma recheando a outra, como num sanduiche narrativo. Pode ter decidido isso para poder trabalhar com dois níveis de dramaturgia, fazendo com que o plano do discurso realista enfatize e valorize a narrativa fantástica do País das Maravilhas – como, aliás, foi que construiu Guillermo Del Toro em “O Labirinto do Fauno” (2006) -, que termina com um insight de uma viajem de negócios para a China. Uma alegoria surreal e onírica sobre o colonialismo britânico, em busca das maravilhas da China.

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