quarta-feira, 3 de março de 2010

Johnny fala sobre 'Alice', Vanessa Paradis e mais


Entrevista de Johnny a Mark Salisbury do Time Out London:

Q: Algumas pessoas tendem a pensar que Alice no País das Maravilhas como algo esquisito por causa do desenho da Disney de 1851 e ainda, o livro de Lewis Carroll como algo sombrio, surreal e inquietante. Material perfeito para Tim Burton, de fato...
Johnny: É uma absurda atmosfera, há uma profunda obscuridade e elemento de perigo. É hilariante e incrivelmente poético. Todas essas coisas, eu acho, são os ingredientes principais que fazem Tim Burton, Tim Burton. Sombrio, provocativo, único, divertido. Essas palavras podem descrever não apenas esse livro e esse filme, mas Tim.

Q: Você já era fã do livro?
Johnny: Quem não é? Alice no País das Maravilhas é um dos melhores 25 livros de todos os tempos. Sempre amei o livro e a variedade de personagens, a natureza psicodélica e essas singulares histórias alegóricas dentro da história. Sempre achei lindo.

Q: Como você se preparou para o papel?
Johnny: Eu reli o livro não faz muito tempo e havia falas que me fascinaram, que eu achei que eram pistas para o personagem, pequenos pedaços. O Chapeleiro Maluco declara: ''Estou investigando palavras que começam com a letra M'' e não resolve a questão no resto do livro. É por causa do mercúrio. Ele não conseguia se lembrar. Ele se lembrava do 'M'. Esse foi o mais longe que ele chegou [risos]. E, é claro, você pensa no Chapeleiro e em ''maluco como um chapeleiro'', todas essas coisas veem do envenenamento por mercúrio, que eles usavam na fabricação dos chapéus, então, eles começavam a ficar estranhos.

Q: Você disse que a ideia para a aparência do Chapeleiro surgiu muito rapidamente.
Johnny: Foi quase em um instante. Digo, eu tinha uma forte ideia de como ele deveria ser e, é claro, falei com Tim sobre, para ter certeza que estaria tudo bem. Quando me reuni com Tim, mostrei minhas pequenas aquarelas e Tim, seus desenhos, e eles eram muito parecidos. Tim disse ''Eu gosto do cabelo laranja''. Ele gostou da multicolorida face de aquarela - como um esquisito palhaço, suponho.

Q: Seus personagens sempre surgem com tanta rapidez?
Johnny: Houve algumas vezes que surgiram muito rápido, então, em outras, você encontra. É muito estranho quando eles surgem depois de algumas semanas que você o está interpretando, ''Me***! Posso voltar e refilmar?''. E voltei e refilmei. Mas o Chapeleiro surgiu muito rápido, assim com o Capitão Jack.

Q: É verdade que o Chapeleiro foi baseado em alguém que você conhece?
Johnny: Há uma pessoa, em particular, que é o principal ingrediente para o Chapeleiro e se eu disser quem, provavelmente vão se aborrecer. É alguém com quem tive contato e me fascinou pelo jeito que fala. Eu soube, quando conheci esta pessoa, que iria absorver o máximo que pudesse, e usar um dia em um personagem. E usei.

Q: Li em uma entrevista com sua parceira, Vanessa Paradis, onde ela alega que você roubou a ideia dos dentes separados dela!
Johnny: [risos] Bem, talvez de alguma maneira... Os franceses chamam o espaço no meio dos dentes de ''les dents de bonheur'' - ''os dentes da felicidade''. São como dentes da sorte, sabe? Sabe o que eu tinha em minha mente a principio? Eu sou tão habituado aos dentes de Vanessa - acho tão bonito e tudo mais - mas, na verdade, eu estava pensando em Terry-Thomas. Eu tinha uma coisa meio Terry-Thomas na cabeça.

Q: As vezes seu Chapeleiro fala com um sotaque escocês, outras vezes britânico. O sotaque escocês foi baseado em alguém, em particular?
Johnny: Eu fiz um sotaque escocês, como em Aberdeen, em Em Busca da Terra do Nunca e sempre me interessei pelo dialeto Glaswegian, pois há um certo perigo nisso.

Q: Como você acha que os puristas de Carroll reagirão a esse filme?
Johnny: Não veja o filme, cara! Um purista de Roald Dahl definitivamente deveria assistir meu Wonka. Mas se você é um purista, não veja o Wonka de Gene Wilder, pois Roald Dahl não ficou muito entusiasmado com isso. São entidades completamente separadas. Nós pegamos esses personagens do livro e demos uma misturada.

[...]

Q: Você é esperado para estrelar o quarto Piratas do Caribe neste verão, interpretar Tonto em The Lone Ranger [Zorro] e se reunir com Tim Burton em Dark Shadows, mas primeiro gravará The Tourist com Angelina Jolie. Como será?
Johnny: [...] Parece ser algo diferente para mim. É relacionado com o gênero de Intriga Internacional que gosto. Eu vi [Angelina] em alguns filmes e ela pareceu ótima, você sabe: parece ser uma boa mulher. Ama sua família, marido e seu trabalho.

Tim Burton quer que 'Alice' volte a 'surpreender como criança'


"Alice no País das Maravilhas" é uma convite para a surpresa, um beliscão para "tentar recuperar a capacidade de se surpreender com as coisas novas, característica das crianças", ressalta o diretor do filme, o cômico e sempre surpreendente Tim Burton.

"'Alice' não é uma alegoria sobre a volta à infância nem um filme para crianças", explicou Tim Burton à Agência Efe em Londres, onde promove este filme, que chegará às salas em abril. Segundo ele próprio, lhe interessa explorar histórias nas quais os personagens "compreendem a vida a partir de um ponto de vista novo e estranho".

Justamente esse novo e estranho ponto de vista é o que o inspirou ao interpretar os personagens do escritor britânico Lewis Carroll.

O diretor de "A fantástica fábrica de chocolate" sustenta que, apesar das inúmeras versões que existem de "Alice no País das Maravilhas", nenhuma chegava a convencer. Por esse motivo, seu filme repercutiu como "diferente" ao que tinha sido feito até agora, com uma interpretação "mais livre" da história e dos personagens.

"No entanto, todos os desenhos foram feitos de olho nos desenhos de John Tenniel (o artista que ilustrou a primeira edição do livro em 1865), porque, embora não tenhamos calcado suas ideias, tínhamos que respeitar o espírito de personagens que se transformaram em autênticos ícones".

O resultado desse difícil equilíbrio é que "Wonderland" se transforma em "Underland" e a cor fica degradê em um lugar cujos habitantes se caracterizam por estarem totalmente loucos.

Não há mais que se fixar no insano e quase esquizofrênico Chapeleiro Louco interpretado por Johnny Depp, para se fazer uma ideia da reinterpretação de Tim Burton do clássico infantil.

"Ele faz coisas inesperadas, rompe padrões, passa da compaixão ao ódio e alterna em uma sucessão de emoções que leva a pensar que sofre algum tipo de transtorno de personalidade. Definitivamente, o Chapeleiro Louco está completamente louco", diz Depp à Agência Efe sobre seu personagem.

Para fazer mais evidentes essas mudanças de personalidade, o intérprete se atreveu com os sotaques e, algo mais difícil ainda para os atores americanos, com o sotaque escocês, que Depp já praticou em "Em Busca da Terra do Nunca", onde encarnava James Matthew, autor de "Peter Pan", outra das grandes parábolas sobre a infância junto a "As crônicas de Nárnia".

A maquiagem, com olhos coloridos de amarelo exagerados digitalmente entre 10% e 15%, o cabelo laranja e, sem dúvida, o chapéu, são os traços característicos do Chapeleiro Louco de Burton.

"Tudo o que contribui para perder mais de você mesmo e a se parecer mais com o personagem é sempre bem-vindo", afirma Depp. O ator confessa que mergulhou no personagem "depois", algo que só tinha feito antes com o capitão Jack Sparrow da saga de "Piratas do Caribe".

O ator e o diretor coincidiram pela primeira vez há 20 anos em "Edward Mãos-de-Tesoura". Desde então, trabalharam juntos em outros seis projetos. Segundo Burton, "assim que surgir o roteiro ideal, com um personagem que encaixe com ele, voltaremos a trabalhar juntos".

Trecho exclusivo de 'Alice' de Tim Burton revela encontro com o Gato Risonho

Imagens trazem diálogo dublado entre a protagonista e o felino.
Longa-metragem chega aos cinemas brasileiros dia 23 de abril.
Do G1, no Rio




A esperada adaptação de Tim Burton para "Alice no país das maravilhas" chega aos cinemas brasileiros dia 23 de abril, mas os internautas já podem ter uma ideia do que vem por aí com o trecho exclusivo que o G1 exibe ao lado.
A cena, dublada em português, revela o encontro entre a protagonista Alice, vivida pela novata Mia Wasikowska, e o Gato Risonho, criado em animação e interpretado pelo britânico Stephen Fry na versão original.

A produção da Disney, que chegará às telas com cópias em 3D, também terá Johnny Depp, como o Chapeleiro Louco, Anne Hathaway, como a Rainha Branca, e Helena Bonham Carter, como a Rainha de Copas.

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Angelina Jolie filma cena ao lado de Johnny Depp

Na varanda de palácio, atriz acenou e mandou beijos para os fotógrafos
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Angelina Jolie e Johnny Depp foram fotografados enquanto rodavam cenas do longa-metragem "Turistas", no Palácio Pisani-Moretta, em Veneza, na Itália, nesta terça-feira (2). No intervalo de uma das cenas, a atriz apareceu na sacada da propriedade e, além de acenar, também mandou beijos.
A produção é centrada na personagem de Angelina Jolie, que interpreta uma agente da Interpol que se aproveita da fragilidade de um turista norte-americano, vivido por Johnny Depp, para encontrar um criminoso com que ela já teve um affair. "O filme é muito bom. É algo diferente para mim. Eu já vi Angelina Jolie em outros trabalhos e ela sempre me pareceu ótima. Ama sua família, seu marido e seu trabalho", disse o ator em entrevista.
A atriz chegou na Itália no final do mês passado acompanhada do marido, Brad Pitt, e dos seis filhos, Shiloh, Maddox, Pax, Zahara, Vivianne e Knox Leon. A família deve ficar morando em Veneza por cerca de três meses por conta das filmagens de "Turistas".

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